A
Suficiência de Jesus Cristo
A mensagem do livro de
Hebreus é a melhor do Novo Testamento para encorajar os crentes na fé e
desafiá-los a prosseguir até a maturidade espiritual. O propósito do autor da
carta foi evitar que os seus leitores deixassem o Cristianismo e retornassem às
práticas do judaísmo. Para atingir este propósito, o autor mostra através de
uma série de comparações, que a fé cristã é melhor e superior àquela que a
precedeu. Melhor é a pala-vra-chave, a qual junto com outras como "mais
excelente", são utilizadas para mostrar a superioridade do Evangelho.
Nós somos tentados hoje
a reavivar a igreja importando as últimas teorias da psicologia, sociologia e
do marketing, combinando-as com alguns termos bíblicos. A igreja sempre foi
tentada a procurar revitalizar-se, acomodando-se a essas outras vozes que
alcançam popularidade. Entretanto, reavivamento começa com um retorno às
afirmações essenciais de nossa fé: o reconhecimento de que Jesus é diferente
de todos os rivais. A voz que a igreja deve seguir é a de Jesus. Ele é o Verbo
(Jo 1:14). Ele é a palavra final de Deus.
A REVELAÇÃO DE DEUS ATRAVÉS
DO FILHO É SUPERIOR E
SUFICIENTE
"Havendo Deus antigamente falado"
(v.l). Deus falou. O silêncio eterno foi quebrado.
Temos uma revelação. O fato de que Deus falou aos homens é a base de
toda a religião. Deus assumiu uma posição
"teísta" isto é, Deus não somente criou todas as coisas, mas
também se interessa continuamente pelo homem,
interferindo na História.
Não descobrimos a Deus: Ele é que se nos revela. Assim o conhecimento que o
homem tem de Deus não provém de sua laboriosa busca.
"Antigamente" (outrora no passado) refere-se a todas as revelações feitas na antiga
dispensação, antes de Moisés, por meio dos profetas, tanto nas Escrituras como fora delas.
"Muitas
vezes" que poderia ser traduzido literalmente em muitas partes ou porções.
A ênfase recai sobre a natureza
fragmentária da antiga revelação. Essa antiga revelação veio aos poucos,
em várias qualidades e diversas. para mostrar-nos a necessidade de uma revelação maior. "Muitas maneiras",
diversos métodos: visões, sonhos,
revelações angelicais, palavras e eventos proféticos, etc. "Aos
pais" indica o receptor da mensagem, no sentido absoluto, "aos nossos ancestrais" (Jo 7.22 e Rm 15.8). "Pêlos
profetas" indica que Deus fez uso do
instrumento humano para se comunicar com o próprio homem.
"Nestes últimos dias" (v. 2), pode
ser entendido como o final da velha era. Mas
a ideia mais aceita é que a partir da vinda de Cristo, do advento do
Messias, uma nova era se iniciara (2 Tm 3.1). "A nós nos falou pelo Filho". "Filho" é o
pensamento principal, a ideia chave. No original este vocábuto não
aparece com o artigo, dando ênfase mais no
que Ele era do que quem Ele era. Em resumo, Ele não é um mero veículo de
revelação, e sim Deus em forma humana (Jo 14.9). Esta revelação não é fragmentária, mas completa; não parcial,
mas perfeita; não preparatória, mas final.
A revelação é perfeita
e nos é suficiente.
Para demonstrar quanto a nova revelação está
acima da velha, o escritor sacro nos adianta sete coisas pelas quais o Filho se
mostra superior àqueles por quem Deus falara.
ELE É O HERDEIRO DE TODAS AS COISAS.
Jesus Cristo é o alvo para o qual se movimenta toda a criação. Em torno dele
estão centralizadas todas as coisas. Ele é o herdeiro por direito de filiação. "De sorte que
já não és escravo, porém Filho; e, sendo Filho, também herdeiro de Deus" (Gl 4.7). "Pede-me, e eu te darei
as nações por herança" (SI 2.8). Ele é o criador de tudo e portanto o herdeiro de tudo, quando tudo for
levado à perfeição e à restauração nele." Pois, nele, foram criadas todas
as coisas, nos céus e sobre a terra (...) quer principados, quer potestades.
Tudo foi criado por meio dele e para ele" (Cl 1.16).
ELE É O CRIADOR DE TUDO
A declaração de que
Deus fez o universo por meio do filho é fantástica e
inovadora. Jesus Cristo é o agente da criação. "Ele estava no princípio
com Deus. Todas as cousas foram feitas por intermédio dele, e, sem Ele, nada do
que foi feito se fez" (Jo 1.2-3) A criação de tudo é vista no Novo Testamento em Cristo, por Cristo e para Cristo.
Para restaurar a vitalidade da Igreja cansada, precisamos
descobrir a grandeza de Jesus Cristo. Não iremos obter sucesso na fé oferecendo diversões momentâneas, reuniões de auto-ajuda, mas conhecendo profundamente a Jesus Cristo.
ELE É O RESPLENDOR DE DEUS E A SUA GLÓRIA
A
ideia é que Jesus é a radiância que irrompe de uma luz brilhante. Resplendor
significa refulgência ou reflexo. "E o verbo se fez carne e habitou entre
nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como a do
unigénito do Pai" (Jo 1.14). Jesus Cristo refletia na sua pessoa e nas
suas atitudes a glória de Deus, a ponto de João registrar: "Com este, deu
Jesus princípio a seus sinais em Cana da Galiléia; manifestou a sua glória, e
os seus discípulos creram nele".
ELE É A EXPRESSA IMAGEM
DO SER DIVINO
Esta
declaração está vinculada à primeira.
Aquele que reflete a glória de Deus compartilha da sua natureza. A palavra no grego é caráter, comumente usada
para um carimbo ou uma gravação. Um carimbo num selo de cera terá a mesma imagem que a gravura no selo. Então,
Jesus é a expressão exata de Deus. A
palavra SER quer dizer natureza,
substancial, essência. Jesus possui a mesma natureza de Deus: "No
princípio era o Verbo, e o Verbo estava com
Deus e o Verbo era Deus" (Jo 1.1).
ELE É O SUSTENTADOR DE TODAS AS COISAS
Paulo afirma que EM
CRISTO, tudo subsiste (Cl 1.17).
"Todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as
coisas e para quem existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós também, por ele" (l Co 8.6). Do mesmo modo que a palavra criou
todas as coisas (Gn 1.3), todas as coisas são sustentadas pela palavra poderosa de Cristo.
ELE É QUEM NOS PURIFICA DE TODO PECADO
Jesus Cristo expurga os
nossos pecados de maneira única e
definitiva. Aquilo que é impossível
para nós e para qualquer sistema religioso, Jesus Cristo fez por nós. A
purificação do pecado inclui: a mudança da natureza pecaminosa e purificação
constante de qualquer ato pecaminoso.
"Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus
Cristo para remissão de vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito
Santo" (At 2.38).
ELE ESTÁ ASSENTADO A DIREITA DO PAI
Após o evento da sua
morte e rés surreição, Jesus Cristo foi entronizad-nos céus. A ideia denota uma
posiçãi de alta honra, extraída da prática do reis orientais. "Disse o
Senhor ao me senhor: assenta-te à minha direita, at que eu ponha os teus inimigos
debaix< dos teus pés" SI 110.1.
Jesus Cristo est assentado à direita de Deus para inter ceder por nós. O
próprio autor de Hebreus chama este trono de
"trono( da graça" (hb 4.16).
CONCLUSÃO.
Comentando o texto de
(Hb 1.1-4; James Thompson afirma: "Ò autor d Carta aos Hebreus sabe que
seus leite rés jamais pagarão o preço da perseve rança, se Jesus tiver trazido apenas um mensagem que pode ser
encontrada er outro lugar. Se as palavras de
Jesus pu derem ser encontradas entre outros ora culos, não existe razão
para persevera Como resultado, a renovação começ com uma volta às.afirmações essencial de nossa fé: o
reconhecimento de q u Jesus é diferente de
todos os rivais".
Em Jesus encontramos
tudo de qu precisamos para a nossa satisfação es piritual. Ele é suficiente.
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