sábado, 30 de janeiro de 2010

ANDANDO NOS PASSOS DE JESUS 4


Por que devemos andar, passos de Jesus?

Porque parecer com Cristo é o nosso chamado


Por séculos, Jesus Cristo tem atraído a atenção de milhões de pessoas. Muitos de nós temos professado ser seus seguidores. Entre­tanto, será que conhecemos bem o Jesus da Bíblia? É grande a necessi­dade que temos de conhecer esta pessoa que afirmamos ser Salvador e Senhor. Será que a nossa vida é um reflexo do caráter daquele a quem dizemos estar seguindo?
A Bíblia diz claramente que nós, como cristãos, devemos moldar nossa vida de acordo com o procedimento de Jesus Cristo, a ética de Jesus. O tipo de caráter que é visto em Jesus deve ser visto em nós também. O apóstolo João disse isso da seguinte forma: "Aquele que diz que permanece nele, esse deve também andar assim como ele andou' (l João 2.6, ênfase acrescen­tada). Por que devemos dedicar tempo ao estudo do caráter de Jesus? Por que devemos nos preocupar em sermos parecidos com Jesus? Um estudo do Novo Testamento revela cinco razões.

Porque parecer com cristo é nosso chamado


Diante de uma multidão de galileus, Jesus disse: "Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. To­mai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma" (Mateus 11.28-30). O próprio Rei Jesus nos deu a graciosa ordem de ir a Ele a fim de aprender.
Não somos chamados, em primeiro lugar, a uma instituição ou a uma doutrina em particular, e sim, a uma Pessoa verdadeira. É dessa Pessoa, com todos os seus atributos, que devemos aprender. O Rei Jesus manda que nos aproximemos dele para aprender e devemos obedecer-Lhe o chamado. Quando respondemos a este chamado, nossos primeiros passos com Cristo devem ser caracterizados pela atitude de imitá-Lo.
Quando efetivamente estamos andando nos passos de Jesus? Ef 5:1

QUANDO EXISTE ÉTICA NAS ATITUDES

É digno de nota que no contexto dessa afirmação Paulo esteja elaborando sobre diversos preceitos morais. Como afirma John Stott sobre essa passagem: “A ética de Paulo se centraliza em Deus”. É como um Pai recomendando a filhos queridos, e não um tirano exigindo dos seus serviçais que Paulo conduz o argumento. O padrão moral dos filhos de Deus deve revelar sua filiação. Para João Calvino o cerne do argumento é: se de fato somos filhos de Deus então devemos ser seus imitadores. Logo, a ética nas ações é um testemunho da nossa fé. Que o desejo de Deus é que o seu povo manifeste o seu caráter santo é provado pelo Decálogo. Como não nos cabe declinar todas as implicações éticas dos Dez Mandamentos, basta sumariar como Cristo o fez: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”. Na linguagem de Paulo: “andar em amor”.

QUANDO EXISTE GRAÇA NOS RELACIONAMENTOS

Nos versículos que antecedem a recomendação para sermos imitadores de Deus Paulo nos oferece um exemplo prático. Entre outras virtudes ele assevera: “perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou”. Em seguida acrescenta: sede imitadores de Deus. A conclusão é que assim como Deus nos tratou com GRAÇA, devemos ser graciosos nos nossos relacionamentos. Ao perdoarmos estaremos imitando aquele que nos perdoou. Nada torna um cristão mais semelhante ao seu Pai Celestial quando ele desenvolve seus relacionamentos pautados na graça de Deus. Não gera expectativas falsas, não espera receber para depois oferecer, não retribui o mal com o mal, não condiciona o amor ao objeto amado e nem desiste de amar diante das faltas do outro. É evidente que o padrão é extremamente elevado, mas como diz João Calvino: “Não que algum dentre nós tenha atingido tal perfeição, mas devemos almejá-la e nos esforçar por alcançá-la na medida de nossa capacidade”.


QUANDO EXISTE SACRIFÍCIO NO SERVIÇO

No versículo 2 há duas palavras que merecem destaque: oferenda e sacrifício. Ambas nos remontam a prática de sacrifícios do Antigo Testamento. Essas palavras são ilustrativas da obra de Cristo por nós. Foi uma oferenda porque Ele voluntariamente a ofereceu. Foi um sacrifício porque envolveu a morte e o derramamento de sangue. Como diz William Hendriksen, tudo isso simboliza uma total rendição a Deus. É nessa base que devemos imitar a Deus imitando a forma em que Cristo se rendeu a Deus. A palavra sacrifício é rara no vocabulário evangélico. Isso porque reflete a sociedade hedonista - que busca o prazer pelo prazer - em que a igreja está inserida. Quando muito, a palavra sacrifício está associada com alguma estratégia de marketing para conseguir arrecadação financeira em nome de Deus. Mas, o tipo de sacrifício que devemos refletir em nossa vida tem relação com as implicações do discipulado cristão, a negação de si mesmo e o tomar a cruz. Imitar a Deus nesse sentido é seguir os passos de Jesus.No recente livro lançado pela Editora Fiel, “Andando nos Passos de Jesus”, o autor, Larry McCall, depois de uma série de considerações sobre como andar nos passos de Jesus, elabora sobre o preço desse andar. Eis que surge um possível paradoxo. Andar nos passos de Jesus não nos custa nada. Em função de que o dom da vida é gratuito. Mas, ao mesmo tempo, seguir a Jesus nos custa tudo. Segundo McCall é não viver mais para nossa autopromoção, auto-estima, auto-realização. Não mais vivermos para nossos antigos desejos ou estilos de vida. É perder a vida. Mas, “ao perdemos nossa vida realmente a encontraremos”. E nesse ponto que vale a pena o sacrifício, pois a partir daí poderemos ter a mesma paixão que teve Cristo em se oferecer em sacrifício. E o resultado disso tudo é que tal como Cristo, seremos aroma suave, perfume agradável e aceito por aquele a quem somos desafiados a imitar.

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