domingo, 7 de julho de 2013

Parabéns filha


                                       
Interessante é a vida, como o tempo passa! Parece que foi ontem. A 22 anos atrás. Entre as nove horas da manhã e 11 do dia estava eu numa agonia tremenda correndo num carro, em meio ao grande trânsito de são Paulo. O meu desespero era tão grande que queria eu fazer do carro um ambulância como se o povo quisesse saber o que estava acontecendo. Pois partia eu, irmã Adélia, irmão Pedro, Netinha, e dentro dela uma menininha aos pulos para vir mundo. Partimos do bairro de Cidade Lider (zona leste de SP) para o bairro da saude (zona sul). Depois de quase uma hora de viagem adentramos no hospital da saúde, poucas horas depois nascia uma princesa. Quando voltei para visitá-la, esta ali deitada, toda faceira de cabeça pelada e um laço de fita na carequinha. Nascia a minha Priscila. Foi uma alegria tremenda, eu não sabia se chorava ou se ria, parecia que era a primeira vez, ela era o terceiro filho, mas como cada um tem uma história , essa é a história do nascimento da Priscila. Hoje 22 anos depois, tonou-se nessa mulher linda, decidida, boa filha, boa esposa para o seu esposo, Boa serva, boa profissional. No decorrer de sua vida ela tem conquistado grandes amizades. Minha oração é que o Senhor me conceda viver para poder tomar em meus braços ainda uma netinha para alegrar os dias da velhice. Mas nunca esqueça filha que o melhor amigo que vc pode ter é Jesus, o amigo incomparável.
Parabéns: do seu pain e mainha que te ama

domingo, 23 de junho de 2013

ENTENDENDO A VIDA CRISTÃ



Entendendo a vida cristã. Mateus 5.13
Entregar uma pedrinha de sal grosso na mão de cada ouvinte e pedir que reflitam sobre as propriedades e utilidades do sal. Conversar com os presentes a respeito do sal que pode ser usado como remédio, para conservar, não tem prazo de validade, deve ser usado em quantidade correta, etc.
O sal é um micro nutriente essencial que contém mineral de sódio e cloreto.  Era e continua sendo encontrado em grandes quantidades apreciáveis na área do mar morto. Os judeus que viviam na região norte da Palestina compravam de negociantes, servindo para inúmeros usos.    
O sal é conhecido por seu sabor universal. Em qualquer lugar do mundo ele tem o mesmo teor. Pode ser encontrado nos mares e salmouras – lugares onde o mar já banhou. Se for em quantidade forte demais impede que haja vida, mas se for em quantidade equilibrada ele proporciona cura e estabilidade.
Por que Jesus disse que somos sal?
Vamos aprender três lições do SAL para a Vida Cristã:
1- Perseverança: Lucas 14.34,35
·        O sal não tem prazo de validade, seu tempo é indeterminado.  A validade do sal doméstico não é do sal e sim do iodo que pode estragar e prejudicar alimentos.
·        Se quiser conservar algum alimento perecível basta salgá-lo que durará muito tempo. Além disso, há perfumes, tintas e outros produtos que têm sal para não estragar.
De um dia para o outro o sal aumenta seu sabor na comida e a cada dia mais.
·        Assim também nossa vida com Deus deve aumentar a cada dia e não diminuir mas aumentar.
·        O cloreto de sódio (sal) não se deteriora, mas pode ser adulterado, e então perde as suas propriedades e se torna inútil, pois deixa realmente de ser sal. Em outras palavras, o sal puro não perde o seu caráter distinto, mas uma vez misturado com elementos impuros e estranhos, pode perder a sua propriedade.  O sal pode conservar a aparência de sal, mas não o seu caráter realmente, transforma-se noutra substância.
·        Muitos cristãos não conseguem perseverar na igreja ou levar adiante seu propósito de trabalhar para Jesus por que estão sem sal.
·        Peça ao Senhor para curar sua vida e te dar durabilidade, firmeza e perseverança principalmente para servir a Deus e ao próximo.
                        
2- Pureza: Cl 4.6
·        O sal é puro e cristalino. Além disso, ele pode purificar coisas e lugares. Cura feridas e pode ser um remédio em doses corretas. Do mesmo modo para cozinhar deve ser usado de maneira certa. Nem demais e nem de menos.
·        A pureza é equilibrada como o sal.  A vida cristã deve ter essa pureza.
·        Nossas palavras mostram o que somos por isso o apóstolo Paulo dia que devemos temperar nossas palavras com sal. Não ser salgado demais e nem sem sabor.
·        Jesus quer que nossa vida seja pura! Peça ao Senhor que purifique seus lábios para ter palavras temperadas!

3- Sabor: Marcos 9.50
·        Com certeza a principal característica que dá valor ao sal é seu sabor único. Pode ser usado em muitos alimentos como carnes, cereais, frutas e até em doces há uma porção pequena de sal para equilibrar o sabor.
·        A vida com Jesus também tem sabor. Quem disse que quem serve a Deus não tem prazer? O cristão tem uma vida de prazer (Salmos 1.2) e sabor, mas é diferente do mundo por que é um sabor eterno, alegre e sem mal algum.
·        O sabor do sal satisfaz. Outros alimentos não satisfazem tanto quanto a comida salgada. Assim também o crente que tem Jesus é satisfeito e completo, por isso não procura alegrias e prazeres no mundo.
·        Há pessoas que gostam de mais sal e outros menos. Mas em grande quantidade pode ser prejudicial. Deus também não quer exageros, precisamos ser equilibrados para não ficar salgados demais.

No sermão da montanha o senhor Jesus dá a entender a salubridade e vitalidade do crente quando diz a seus discípulos: Vós sois o sal da terra;
A idéia geral é que o crente santificado deve possuir a realidade daquilo que professa, da mesma forma que o sal apresenta a propriedade que esperamos dele.
A idéia de purificação se destaca em Mc 9:49, onde o Senhor afirma que, no juízo final “cada um será salgado com sal”.
MC 9:49 – Porque cada um será salgado com fogo, e cada sacrifício será salgado com sal.
- Os discípulos de Jesus, do mesmo modo, são chamados a ser como um purificador moral em um mundo onde os padrões morais são baixos e instáveis, ou mesmos inexistentes. Eles só poderão cumprir essa missão se retiverem a sua virtude – e isso exige muita disciplina pessoal e renúncias.
A qualidade da vida cristã deve ser cultivada pelo crente; e este deve recear perdê-lo consoante a pergunta e a resposta de Jesus:
  • Como Jesus afirma a seguir, se um discípulo perde a sua virtude, ele é como o sal que perde a sua salinidade, tornando-se assim, uma substância completamente inútil, só servindo para ser jogado fora, nas ruas, onde é pisado pelos caminhantes.
“Se o sal se tornar insípido”: Não fazer diferença; não influenciar; ser manipulável; ser conformado; intragável.
  • “Se o sal vier a ser insípido” (Mateus 5:13). “Os cidadãos do reino, ainda que muito mergulhados no mundo, jamais devem tornar-se mundanos. O sal não pode perder sua salinidade (Lucas 14:34-35; Marcos 9:50). Seu sabor depende da santa distinção de suas vidas e caráter. A paixão pela justiça jamais pode ser comprometida ou então a utilidade do discípulo chega ao fim. Ainda que o sal, de fato, não pode deixar de ser salgado, ele pode, como o pó salgado que se forma nas praias do Mar Morto, tornar-se tão poluído que seja tão inútil como o pó da estrada. Se, por concessões feitas ao mundo o sal for lavado de nós, deixando apenas um resíduo de mundana respeitabilidade, belos edifícios, círculos sociais agradável.
Peça ao Senhor que dê sabor e alegria à sua vida! Você é sal da terra.

Jesus disse que somos o sal da terra por que onde estivermos vamos ser perseverantes fazendo o bem perdurar e vencer sobre o mal. Também podemos levar a pureza do sal para este mundo cheio de pecados curando vidas adoecidas pelo pecado. Muito maior do que as alegrias passageiras do mundo é o sabor da vida com Jesus.
Assim como o sal nossa vida deve ter perseverança, pureza e sabor!




quinta-feira, 20 de junho de 2013

O PREÇO DA CRUZ


O PREÇO DA CRUZ
Texto: Mateus 26: 47-56

Os julgamentos que resultaram na crucificação de Jesus de Nazaré, oferecem um exemplo de injustiça, manobras, por homens corruptos e fraudulentos. O acusado era a única pessoa perfeita e  completamente inocente que já existiu;mesmo assim, foi declarado culpado de um crime que nunca cometeu. Os Seis Julgamentos de Jesus:

1. Jesus perante Anás
(ex. sumo sacerdote e sogro de Caifás, atual sumo sacerdote). Ocorreu em sua casa por volta das 2 da manhã.- João 18:12 -14.
Anás fora sacerdote de 6 a 15 d.C. ou seja, há 15 anos estava fora!

2. Jesus perante Caifás.

Em sua casa as 3 da manhã. Mateus 26: 57,59-68.
Era fantoche de Roma, um juiz do Sinédrio e corrupto.

3. Jesus  perante o Sinédrio  (Conselho dos anciãos).
Uma audiência formal.
Sinédrio : composto por 70 homens que formavam a suprema corte dos judeus.- Lc 22:66 – 71, narra que este julgamento ocorreu ao amanhecer.
Ao ser levado para Pilatos a acusação mudaria de blasfêmia para traição contra  César.

4. Jesus perante Pilatos (Pôncio Pilatos Era  governador romano sobre a Judéia).
Já estava amanhecendo, deve ter sido entre 06:30 e 07 da manhã. Mateus 27:11- 18 e Mc 15
Nessa época o imperador era Tibério.
Quanto a Pilatos ele não era nenhum  ingênuo, foi um longo caminho até ser governador, deveria ter entre 40 e 50 anos.
Pilatos estava sendo investigado pelo império, uma vez que Agripa havia
informado por carta a Calígula, que sucedeu César, que Pilatos seria um homem brutal,
violento e assassino.
Posteriormente ele foi transferido para Gália, noroeste da Itália, lá teria ficado  louco e se matou.

5. Jesus perante Herodes
Antipas, membro da famosa família dos Herodes, enganadores e perigosos, terrivelmente cruéis, matavam seus próprios cônjuges; é o mesmo que mandou decapitar  João Batista e Jesus se referiu a ele como; àquela raposa. Lucas 23:8 - 11

6. Jesus novamente perante Pilatos. Esse foi por volta das 08 da manhã já estava de volta, e havia passado por seis  julgamentos e estava condenado! Às 09 da manhã, “a hora terceira”, ele passava pela via dolorosa ou caminho de dores, indo até o Gólgota, ou lugar de caveira.Mateus 27: 19 - 26. A esposa de Pilatos o havia advertido que não se envolvesse com esse  justo.

 As manobras:
Os três primeiros julgamentos eram religiosos e os outros três civis:
1.   Pecado de blasfêmia, e somente a corte judaica tratava  disso.
Acusação de blasfêmia na corte romana, não significava nada; os  romanos tinham um panteão de deuses; então, diante de Pilatos e Herodes a acusação  teve de ser mudada; ele passa a ser acusado de traição. Se eles conseguissem provar que  Jesus era culpado de incitar um golpe contra César, então ele seria condenado e morto.

As ilegalidades:

Um julgamento jamais poderia ocorrer a noite,
O acusado tinha direito a um advogado
As testemunhas deveriam ter boa reputação,
Pilatos disse; não acho nele crime algum.
Conclusão:
Sozinho o Salvador orou, no escuro Getsêmani;
Sozinho ele esvaziou o amargo cálice, e ali sofreu por mim;
Sozinho o Salvador permaneceu no átrio do julgamento de Pilatos;
Sozinho usou a coroa de espinhos, abandonado assim por todos;
Sozinho, sozinho, na cruz pendurado, abandonado assim por todos.
Sozinho, na cruz pendurado para outros poder salvar, abandonado por Deus e  pelos homens;
Sozinho, sua vida ele deu.
Sozinho, sozinho, Ele suportou tudo sozinho; Ele se deu para salvar os seus;
Ele sofreu, sangrou e morreu; sozinho, sozinho



O CAMINHO DOS JUSTOS


O Caminho dos Justos
O salmo continua dizendo no v. 5: “... nem os pecadores na congregação dos justos”. O que nos chama atenção aqui é a palavra “congregação”; ela vem de uma raiz que significa “testemunha”; não significa simplesmente uma reunião de pessoas, porém significa a reunião da­queles que são verdadeiras testemunhas do Senhor. Isto é, daqueles que obedecem a Lei de Deus, que andam de conformidade com a vontade do Senhor; daqueles que não andam segundo o conselho dos ímpios, que não se detém no caminho dos pecadores, nem se assentam na roda dos escarnecedores; mas são aqueles que tes­temunham do Senhor. Não somos testemunhas de nós mesmos. Eu sei que muitos gostam de contar seus teste­munhos, mas a Bíblia diz que devemos ser testemunhas, não de nós mesmos, mas de Cristo (Atos 1:8); a nossa pre­gação deve ser um testemunho de Cristo — pregar Cristo e este crucificado. Sobre esta CONGREGAÇÃO, sobre este grupo de testemunhas, os ímpios não vão prevalecer.
Aqui o Salmista, de forma clara e objetiva, vai concluir o texto fazendo a separação entre um e outro, quando diz: “O Senhor conhece o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios perecerá” (v.6).
Nós sabemos o que significa “perecer”. Significa que aqueles que andaram segundo o caminho da sua pró­pria vontade e não segundo a vontade de Deus e que viveram para satisfazer a sua carne, seu coração e seus desejos, estes perecerão no último dia – serão condena­dos ao sofrimento eterno, separados do Senhor. Este é o caminho dos ímpios que os leva a perecer.
Porém, o caminho dos justos o Senhor conhece. Mas que conhecimento é este? Porque a ideia parece ser de que Deus conhece algumas coisas e não conhece ou­tras. Ou seja, conhece o caminho de uns e não de ou­tros. Mas o conhecimento aqui vai muito além do que simplesmente saber de alguma coisa. “Conhecer” aqui significa uma relação íntima, profunda, a ponto de significar aqueles que Deus amou com amor eterno e os escolheu para serem Seus (Amós 3:2).
Esta palavra, “escolhi”, usada aqui nesta versão é a mes­ma palavra usada para “conheci”, em outras versões. É o mesmo verbo, a mesma raiz. Literalmente seria: “De todas as famílias da terra, somente a vós outros vos conheci”. Há momentos em que a palavra conhecer é sinônimo de escolher. Por isso o tradutor faz o que é óbvio. Porque o que o salmista faz aqui quando afirma “De todas as famílias da terra, somente a vós outros vos conheci”, ele o faz no sentido de que conhecer significa: “somente com vocês eu me relacionei pactualmente; somente a vocês eu me revelei; eu escolhi somente a vocês!”. A mesma verdade encontramos no livro do profeta Je­remias 1:5.
“Antes que eu te formasse no ventre materno, eu te conheci, e antes que saísses da madre, te consagrei, e te constituí profeta às nações”.
Não haveria nenhum problema se a tradução aqui fos­se: “Antes que eu te formasse no ventre materno, eu te escolhi”. Não há dúvida quanto a isso. Então, quando o salmista diz que “O Senhor conhece o caminho dos jus­tos...”, está dizendo que este conhecer vai muito além da simples ideia de saber de algo, mas nos leva à ideia de escolher em amor.
Vamos ver esta verdade não somente no Velho Testa­mento, mas também no Novo Testamento. Em Mateus 7:21-23, Jesus fala da mesma verdade com uma profun­didade que nos choca, nos impressiona:
“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! En­trará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus”.
Vejamos logo de início a relação com a obediência à Lei do Senhor.
“Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetiza­do em teu nome, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então, lhes direi explicita­mente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniquidade”.
 Vejamos que aqui, a palavra “conheci”, não deve nos trazer a ideia de que Jesus não conhecia, ou não sa­bia quem eles eram, mas nos traz a ideia de que Jesus afirmou claramente: “Vocês não são meus escolhidos; porque se fossem meus escolhidos fariam a minha von­tade e não apenas diriam “Senhor, Senhor”, mas obede­ceriam a minha vontade; fariam o que está escrito na minha Palavra; amariam a minha Lei. Vocês me cha­mam de Senhor, mas não fazem o que vos mando, não fazem minha vontade; Eu não conheço vocês, não sei quem são vocês, nunca vos ESCOLHI!”. “Apartai-vos de mim, os que praticais a iniquidade”.
Alguém poderia argumentar de que o v. 6 não está di­zendo que o Senhor conhece os justos, mas conhece o caminho dos justos. A isto respondemos acrescentan­do que Deus não apenas escolheu um povo para Si, mas também escolheu o caminho pelo qual este povo deve­ria andar. Deus não apenas escolheu a você e a mim, mas nos disse como deveríamos nos conduzir: Segundo a Sua Lei, a Sua vontade revelada nas Escrituras e sem acréscimos e diminuições. Não segundo o conselho do mundo, não segundo os padrões do mundo, não segun­do o nosso próprio coração, mas segundo a Lei do Se­nhor revelada na Sua Palavra.
O Senhor conhece o caminho do Seu povo porque Ele escolheu para este povo o caminho que ele deve andar.
Jesus disse: “Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me” (Mt 16:24). Abando­ne os seus próprios caminhos, volte-se para a Palavra do Senhor, abandone os desejos do seu coração que é enganoso e corrupto e obedeça ao Senhor e viva a Sua Palavra. Aqueles que fazem assim prevalecerão, se le­vantarão no dia do juízo e receberão as boas vindas do Juiz e a herança prometida, o reino eterno; mas os que não fizerem isso, não se levantarão, serão apartados para o sofrimento eterno.
O Senhor conhece o caminho daqueles que só Ele esco­lheu, mas aqueles que andam segundo seus próprios caminhos perecerão; serão condenados para sempre e viverão eternamente distantes da presença de Deus so­frendo os terrores do inferno que merecem.
O Senhor nos conceda a graça de podermos, como cren­tes no Senhor Jesus Cristo, obedecermos a Sua Lei, a Sua Palavra, abandonando a obediência e os desejos do nosso coração, sempre lembrando que nosso coração é incorrigível, corrupto; não é ele que forma a nossa re­ligião, a nossa prática de vida, mas a Palavra revelada do Senhor Deus.
Abandonemos tudo que não está de acordo com a Lei de Deus e nos voltemos para Ele que é rico em perdoar e pratiquemos a Sua vontade santa. Isso o Senhor re­quer de nós, requer do Seu povo, povo da aliança e por quem deu Sua vida naquela cruz maldita para fazer­-nos um povo separado para Si mesmo, um povo exclu­sivamente seu, zeloso de boas obras (Tito 2:14).

Amém.



quarta-feira, 19 de junho de 2013

O PRAZER ETERNO


O Prazer Eterno
A Verdadeira felicidade nos conduzirá ao Prazer Eter­no. A Falsa felicidade nos conduzirá ao desprazer eter­no.
Em sua continuação, este Salmo 1 mais uma vez, vai fazer um contraste. No primeiro momento o salmista faz um tipo de trocadilho. No v. 1 ele diz que é bem aventurado o homem que não pratica tais e tais coisas. Ele se refere ao justo. Depois diz: O justo ama a Lei do Senhor! Agora ele toma este justo que ama a Lei e o compara a uma árvore que está plantada junto a ribei­ros de águas. Porém agora o salmista se volta para os ímpios dizendo: “Os ímpios não são assim; são, porém, como a palha que o vento dispersa” (v. 4).
Esta figura nos leva a dois princípios básicos.
1. Um tem raízes (o justo) que recebem água. Aquele que teme a Deus e ama a Lei do Senhor, e nela medita, é semelhante a uma árvore plantada e cujas raízes se estendem para dentro de um ribeiro de águas.
2. O outro (o ímpio), que não teme a Deus, não tem raí­zes. É semelhante à palha que o vento dispersa. É seme­lhante à palha seca do arroz que é levada pelo vento e vai mudando de lugar para lugar. Não tem sustentação! Os que confiam nos ímpios; os que confiam na prática e na ética dos pecadores; que não andam segundo a Lei, mas segundo o coração corrompido, são comparados pelo profeta Jeremias a alguém com um coração enga­noso e desesperadamente corrupto, incorrigível. Como poderemos forjar nossa prática e nossa religião basea­dos nas experiências do nosso coração que é engano­so e corrupto? Como podemos forjar nossa prática em nossas emoções, em nossas experiências pessoais; será uma prática, uma religião que não está firmada na Lei do Senhor, na Sua Palavra. Não podemos deixar que nosso coração seja a base para a nossa religião. Mas temos de colocar a Lei do Senhor, a verdade revelada na Palavra como a forjadora da nossa religião, da nossa prática, de tal maneira que sejamos praticantes destas verdades e não apenas ouvintes. Obedientes à lei de Deus.
O salmista diz que “os ímpios não são assim, mas são como a palha que o vento dispersa”, porque têm sua religiosidade formada no enganoso coração. Como pa­lha eles têm sua leveza, sua prosperidade, seus benefí­cios. Isso está muito claro e perceptível no v. 5 quando o salmista usa o verbo “prevalecer”: “Os ímpios não prevalecerão no juízo”; literalmente significa que não se “levantarão” no juízo, ou seja, no dia do juízo eles não serão vitoriosos, mesmo que aqui neste mundo aparentemente prevaleçam, que ganhem, que sejam vitoriosos e que tenham sucesso em muitas áreas da vida. Mesmo não fazendo a vontade de Deus, mesmo que sejam desonestos nos negócios e ganhem muito dinheiro, aparentemente não têm problemas. Eles não têm crises de consciência para poder enriquecer. Neste mundo, aparentemente eles prevalecem, ganham, têm saúde, porém, no dia do juízo final eles não se levan­tarão, não prevalecerão. Depois da relação com a vida terrena chegará o dia, diz o salmista, que estes perver­sos não irão prevalecer.
Podem ter sido vitoriosos nesta vida, mas, no final, no último dia, no dia do juízo final, irão perecer e não pre­valecer. A tradução desta palavra, prevalecer, não é muito feliz porque no hebraico, literalmente, signifi­ca levantar-se. É a mesma palavra usada para Jonas quando Deus diz que ele se levante e vá para Nínive. É a mesma palavra usada por Cristo, quando fala em ara­maico para aquela jovem que estava morta e diz: “Tali­ta cumi”. Ou seja, Talita, levanta-te! É o mesmo verbo; a tradução literal seria: “Os ímpios não se levantarão no dia do juízo”.
Havia uma prática na cultura judaica que dizia o se­guinte: Toda vez que um inferior se aproximar do seu superior ele deve se prostrar. Jesus conta a parábola de um homem, de um credor incompassivo (Mt 18) que devia uma fortuna ao rei; quando ele se aproxima des­te rei ele se prostra diante daquele que é seu superior (v. 26) e pede paciência para com ele. Era uma prática judaica. Vemos esta mesma verdade em Fl 2:10, quan­do Paulo se refere a Cristo dizendo que todo joelho se dobrará e toda língua confessará, ou seja, que todos os inferiores se prostrarão diante do Senhor. Mas, o texto aqui no Salmo 1, diz: “Os ímpios não vão se levantar” (v.5). Eles se prostrarão, mas não se levantarão; só se levantarão aqueles que o Senhor os tomar pelas mãos para conduzi-los ao Seu Reino eterno e provar das de­lícias da vida eterna, da real prosperidade, de colher o que plantaram; o tesouro guardado nos céus, a sua herança. Nós não construímos nada nessa terra, mas o nosso tesouro está guardado nos céus. É uma herança preparada para nós antes da fundação do mundo.

Os ímpios não se levantarão no dia do juízo, mas per­manecerão prostrados. Porém aqueles que nesta vida andaram de conformidade com a vontade de Deus se prostrarão, mas o Senhor os levantará e dirá: “Vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo” (Mt 25:34). Entra no gozo do teu Senhor!

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Em busca da prosperidade


Em Busca da Prosperidade SL 1
Este salmo revela também o que vai acontecer no úl­timo dia. O Salmo termina de forma clara revelando o dia do juízo, o último dia, quando o Senhor julgará a todos. Vemos isso no livro de Malaquias quando os homens dizem a Deus: “Senhor, de que nos interessa fazer a Tua vontade, porque aqueles que não Te temem estão prosperando e os que se levantam contra Ti es­tão sendo vitoriosos nesta vida; de que me adiantou Senhor?”. Deus, então, responde dizendo: “Eu farei um memorial naquele dia e mais uma vez vocês saberão a diferença entre aqueles que me amam e os que não me amam; entre os que me temem e os que não me temem” (Ml 3:13-18). Haverá um dia em que Deus fará esta de­monstração de forma clara; um dia quando o Senhor revelar os que são seus, os que lhe obedecem e os que não obedecem; os que O temem e os que não temem ao Senhor.
A prosperidade desta vida, o ter nesta vida, em hipó­tese, alguma é parâmetro para anunciar a bênção de Deus. Este não é o parâmetro.
Olhando para este salmo, em uma perspectiva geral, encontramos todas estas verdades. Mas devemos aden­trar ao salmo olhando cada parte dele com o propósito de compreender estas verdades.
I - A verdadeira felicidade produzirá verdadeira prospe­ridade; em contraste, a falsa felicidade produzirá falsa prosperidade. (v. 1).
1. Este pri­meiro versículo nos apresenta três ideias. Vemos três verbos que são centrais.
(a) “Não anda”;
(b) “Não se detém ou não para”. Literalmente o autor está dizen­do: “não para no caminho dos pecadores”;
(c) “Não se assenta”. Estes três verbos, de modo progressivo, nos mostram exatamente o processo degenerativo daque­les que andam segundo o curso deste mundo, segundo os valores do mundo. Aqueles que
(1) dão ouvidos aos conselhos dos ímpios em pouco tempo irão
(2) parar no caminho dos pecadores; e
(3) em pouco tempo irão se assentar na roda dos escarnecedores.
         O processo dege­nerativo vai se manifestar em cada ato e em cada mo­mento da vida. Vemos isso quando o salmista diz: “Não anda... não se detém..., não se assenta...”. Assim o sal­mista mostra claramente que estes três verbos revelam o processo degenerativo daqueles que dão ouvidos aos conselhos dos ímpios, daqueles que não amam a Deus.
          Lembre-se que o texto fala do conselho dos ím­pios; da vontade do coração do homem; da carne; dos pensamentos daqueles que não amam ao Senhor; da­queles que dão conselhos para a morte. Logo a seguir, os que param para ouvir estes conselhos, em pouco tempo, vão parar no caminho destes pecadores; em pouco tempo estarão assentados no mesmo lugar em que eles estão assentados e fazendo o que eles fazem: escarnecendo e se opondo contra Deus, contra tudo que se relaciona com a vontade do Senhor. Tudo porque co­meçaram a andar segundo o coração corrompido.
2. O salmista começa dizendo que a felicidade está li­gada ao não fazer estas coisas – “Bem aventurado o ho­mem que não...” (v. 1). E o versículo que vai se contra­por a esta verdade podemos encontrar na adversativa do v. 2: “Antes, o seu prazer está na lei do Senhor e na sua lei medita de dia e de noite”. Vemos que este versícu­lo vai se contrapor a tudo que foi dito antes: “Andar no conselho dos ímpios...se deter, parar no caminho dos pecadores...; se assentar no meio dos escarnecedores”. Esta não deve ser nossa prática, mas devemos ouvir, diz a Palavra de Deus, que nosso prazer está na Lei do Senhor e que temos de meditar nesta Lei dia e noite. O prazer do crente está em obedecer às Escrituras Sagra­das e nunca dar ouvidos às práticas de homens ímpios que vivem praticando o que é contrário a vontade de Deus.
Em nossa vida, estamos sujeitos a seguir caminhos e ouvir conselhos de pessoas que nos dizem o que é o melhor ou o que é pior. Mas se não forem conselhos pautados na Palavra de Deus sempre nos levarão a des­truição. O salmista diz que eles perecerão!
Aqueles que andam segundo o caminho dos ímpios precisam entender o nome do Senhor Jesus Cristo reve­lado no Velho Testamento: “Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Is. 9:6). “Maravilhoso Conselheiro”. A Palavra de Deus que nos revela Jesus Cristo, este Conselheiro Maravilhoso, pela obra do Espírito Santo, nos conduzirá ao entendi­mento de que aqueles que são felizes são exatamente os que se anulam, que mortificam o desejo do seu pró­prio coração, da sua carne, para obedecer unicamente ao Senhor e andar segundo Sua Lei.
É interessante observar que esta introdução é a introdução da vida de muitos homens de Deus no Anti­go Testamento. Vejamos apenas um caso. Quando Deus chama Josué para ser o líder que vai substituir a Moisés, lhe diz (Josué 1:7-8): “Tão somente sê forte e mui corajo­so para teres o cuidado de fazer segundo toda a lei que meu servo Moisés te ordenou; dela não te desvies, nem para a direita nem para a esquerda, para que sejas bem sucedido por onde quer que andares. Não cesses de falar deste livro da lei; antes, medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer segundo tudo quanto nele está escrito; então, farás prosperar o teu caminho e serás bem sucedido” (Levar o povo à Terra Prometida). Estas palavras lembram muito o Salmo 1. Vejamos que esta “prosperidade” de Josué, esse sucesso de Josué (“... farás prosperar o teu caminho e serás bem sucedi­do”), não está restrita ao aspecto da prosperidade deste mundo, mas ao sucesso de levar a termo a vontade de Deus; de conduzir o povo à Terra Prometida segundo a vontade de Deus. Se fizermos o que é a vontade do Senhor andaremos seguros nos caminhos de Deus, por­que esta é a vereda que nos conduz à verdade; é a Lei do Senhor, é a Palavra do Senhor.
Quando andamos conforme o conselho dos homens que não temem a Deus nós, rapidamente sucumbiremos e nos assentaremos na roda daqueles que praticam peca­dos contra Deus; que escarnecem do Seu glorioso nome e que se levantam contra Ele. Vejamos que a questão está aqui posta se contrapondo uma à outra. Uma ver­dade é seguir o conselho dos ímpios, a outra é andar segundo a vontade do Senhor revelada na Sua Palavra. Não é seguir segundo experiências pessoais subjetivas, mas segundo o que está revelado nas Escrituras. Ela é suficiente.
A prática de andar segundo os ímpios nos mostra o resultado na última palavra do salmo: “perecerá”. Os que andam segundo esta prática perecerão. O salmo termina com a afirmação de que os ímpios “perece­rão”, mostrando a conclusão clara, uma inclusão entre o primeiro versículo e o último. Os que andarem se­gundo o conselho dos ímpios perecerão! Mas o v. 2 nos afirma que andar segundo a Lei de Deus é o prazer dos que são felizes, dos que são bem aventurados e, conse­quentemente, dos que têm a verdadeira prosperidade e a verdadeira vitória.
Como isto se manifestará? O salmista usa algumas me­táforas que chamam de forma especial a nossa atenção. Não é simplesmente uma metáfora, mas uma símile, porque há um comparativo no v. 3: “Ele é como árvore plantada junto a corrente de águas, que, no devido tem­po, dá o seu fruto, e cuja folhagem não murcha”. “Ele” quem? Aquele homem que não anda segundo o conse­lho dos ímpios, mas anda segundo a Lei do Senhor; e termina o v. dizendo: “...e tudo quanto ele faz será bem sucedido” (Jr 17:5-9).

         O salmista coloca na perspectiva da obediência à Lei do Senhor e o profeta Jeremias coloca na perspectiva de confiar em Deus. Uns confiam em homens, outros em Deus. Maldito o homem que põe sua confiança no homem. O salmista diz: “Bem aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios”. O profeta diz: “Maldito o homem que confia no homem”. O que diz o salmista? O salmista diz: “Bem aventurado (feliz) é aquele que obedece a Lei do Senhor; que faz a vontade do Senhor”. O profeta Jeremias diz: “Bem aventurado o homem que confia no Senhor; que tem a esperança no Senhor; que não põe sua esperança em outrem, mas no Senhor dos exércitos, o Deus todo poderoso!!”. E fazem a mesma comparação com uma árvore plantada junto a ribeiros de águas. Vejamos que aqui o texto coloca claramente que haverá sequidão, calor, tempo de estia­gem. Ele não diz que os que estão plantados na Lei, que fazem o que Deus quer, não passarão por estas coisas, que não sofrerão calor, que não passarão por sequidão, mas, porque as sua raízes estão dentro da Lei de Deus, porque estão colocadas na Palavra do Senhor, ou seja, suas raízes estão postas em águas perenes que não pa­ram de jorrar, continuarão dando fruto apesar da se­quidão, da angústia e do sofrimento, porque a Lei do Senhor assim o fará.

EM BUSCA DO SUCESSO



Em Busca do Sucesso
Primeiro, percebemos que muitos salmos que foram escritos  o foram na perspectiva da angústia do justo em relação à prosperidade dos ímpios. O salmo 73 retrata esta “crise” quando o salmista diz: “Quanto a mim, porém  quase me resvalaram os pés; pouco faltou para que se desviassem os meus passos...ao ver a prosperidade dos perversos” (Sl 73:2-3). Nos salmos vemos a angústia do justo em fazer a vontade de Deus, em andar segundo o caminho de Deus, porém, apesar disso não tem prosperidade nesta vida, não tem o que os ímpios têm. Mas, por não praticar o que os perversos praticam, obviamente este justo anseia por uma prosperidade maior, superior. E o Salmo 1 vai dizer que aquele que é justo (v. 3) será bem sucedido em tudo que fizer. “Tudo quanto ele faz será bem sucedido”. Este conceito de prosperidade que é colocado aqui na ideia de uma árvore cheia de frutos que nunca murcha; não está inserida em uma perspectiva humana, terrena; isso porque nos outros salmos veremos a angústia do próprio salmista ao dizer: “Os ímpios que não temem e nem amam ao Senhor, prosperam, ganham  vencem, enquanto eu, Senhor, que procuro fazer a tua vontade, estou passando por todo este sofrimento”.
Este salmo foi colocado aqui no início porque ele resume a ansiedade e a angústia daqueles que temem a Deus e fazem a vontade do Senhor, mas estão diante daqueles que não temem a Deus e prosperam, não temem a Deus mas têm saúde, têm vida abundante e aparentemente estão muito bem, enquanto que os justos estão padecendo. O salmista diz com toda clareza que aquele que teme ao Senhor prosperará, será bem sucedido, enquanto aquele que não teme a Deus não prosperará. O salmista coloca isto em relação aos aspectos da vida no momento presente. O conceito de prosperidade aqui é outro até que o salmista chega no final do salmo e resume tudo dizendo que haverá um dia de juízo em que aqueles que prevaleceram nesta vida, que ganharam, que satisfizeram a carne e aparentemente foram felizes; que andaram segundo a carne e os prazeres mundanos  que fizeram a vontade do coração e da mente, serão julgados e perecerão. Nos seus caminhos perecerão  mas quanto aos que temem ao Senhor, o texto diz que os “conhece”: “O Senhor conhece o caminho dos justos...” (v. 6). O Senhor escolheu este caminho para os justos, o seu modo de viver; O Senhor escolheu Seu povo para Si e a Ele pertencem pactualmente.
Perceba que o Salmo a partir daqui se resume exatamente naquilo que vai ser desenvolvido em todos os Salmos e a ênfase principal desta prosperidade apresentada (“será bem sucedido”) está na obediência à Lei do Senhor. Está em uma religião que não é forjada, realizada ou praticada nos desejos do coração do homem, mas numa religião que é forjada e praticada na obediência à Lei de Deus; em uma religião que não procede do coração, mas numa religião que procede da revelação escrita da Palavra de Deus; numa religião que não procede dos desejos da carne, mas procede do desejo do Deus Santo e verdadeiro que escreveu a Sua Palavra com o propósito de que Seu povo caminhasse em obediência a esta Palavra Santa.
Esta felicidade, esta prosperidade e esta eternidade estão diretamente ligadas à obediência à Palavra de Deus e à Sua Lei.

O salmo, de modo claro e objetivo, resume tudo aquilo que vai ser tratado em todos os demais salmos: a crise do ter, do possuir, do enriquecer nesta vida sendo ímpio  a crise de poder entender que aqueles que amam a Lei de Deus nem sempre prosperarão segundo os padrões deste mundo, mas sempre prosperarão os que viverem segundo os padrões que Deus estabeleceu.

EM BUSCA DA FELICIDADE


Em Busca da Felicidade - sl 1
A ênfase da vida neste milênio e nessa época de pós modernidade em que vivemos é o homem em busca de sua felicidade. A grande ênfase hoje é: se você é feliz, independente do que faz, isto é o que importa. Se você pratica algum ato contra a Lei de Deus, independente se é a favor ou contra esta Lei, o crivo da verdade é se você é feliz. A conclusão é: se for feliz, logo estarei no caminho certo, porque o que importa é a felicidade.
Obviamente não encontramos nas Sagradas Escrituras nenhuma afirmação que diga que Deus nos chamou para sermos felizes. Mas a felicidade está ligada diretamente à obra do Espírito Santo em nos conduzir à submissão da vontade de Deus. A verdadeira felicidade é exatamente submeter-se à vontade do Senhor; é negar-se a si mesmo; é tomar a cruz e seguir a Cristo; é não fazer aquilo que nos agrada, mas aquilo que agrada a Deus; no padrão bíblico, a verdadeira felicidade é a santidade, porque encontramos na Bíblia a afirmação de que Deus
“...nos escolheu, nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele” (Efésios 1:4). Fomos eleitos para sermos santos. Deus disse: “Sede santos como eu sou santo”. A santidade é exatamente o sinônimo da felicidade na perspectiva bíblica. A santidade é a anulação da minha própria vontade e a assimilação da vontade divina. É não satisfazer os meus desejos pecaminosos, carnais, mas satisfazer a vontade de Deus.
É interessante notarmos que este salmo começa falando da felicidade em uma perspectiva negativa: “Bem aventurado o homem...”. A felicidade aqui está restrita (no primeiro momento do salmo) a uma realidade negativa. Isto é, “feliz (bem aventurado) é o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores” (v. 1). O que o salmista está dizendo com toda clareza é que a verdadeira felicidade está em não satisfazer, em não andar e não estar de acordo com a vida dos ímpios, mas fazer aquilo que é contrário às suas práticas mundanas. De forma impressionante este Salmo foi colocado aqui para ser aquele que encabeça todos os outros 149 salmos.

Não há como provarmos de forma explícita isso, mas quem compilou os salmos, iluminado e inspirado pelo Espírito Santo, colocou este como o primeiro deles porque resume exatamente toda a crise apresentada nos salmos.