sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

A Suficiência de Jesus Cristo



A Suficiência de Jesus Cristo
A mensagem do livro de Hebreus é a melhor do Novo Testamento para enco­rajar os crentes na fé e desafiá-los a pros­seguir até a maturidade espiritual. O pro­pósito do autor da carta foi evitar que os seus leitores deixassem o Cristianismo e retornassem às práticas do judaísmo. Para atingir este propósito, o autor mos­tra através de uma série de compara­ções, que a fé cristã é melhor e superior àquela que a precedeu. Melhor é a pala-vra-chave, a qual junto com outras como "mais excelente", são utilizadas para mostrar a superioridade do Evangelho.
Nós somos tentados hoje a reavivar a igreja importando as últimas teorias da psicologia, sociologia e do marketing, combinando-as com alguns termos bí­blicos. A igreja sempre foi tentada a pro­curar revitalizar-se, acomodando-se a essas outras vozes que alcançam popu­laridade. Entretanto, reavivamento começa com um retorno às afirmações es­senciais de nossa fé: o reconhecimento de que Jesus é diferente de todos os ri­vais. A voz que a igreja deve seguir é a de Jesus. Ele é o Verbo (Jo 1:14). Ele é a palavra final de Deus.


A REVELAÇÃO DE DEUS ATRAVÉS DO FILHO É SUPERIOR E

SUFICIENTE
"Havendo Deus antigamente falado" (v.l). Deus falou. O silêncio eterno foi quebrado. Temos uma revelação. O fato de que Deus falou aos homens é a base de toda a religião. Deus assumiu uma posição "teísta" isto é, Deus não somen­te criou todas as coisas, mas também se interessa continuamente pelo ho­mem, interferindo na História.
Não descobrimos a Deus: Ele é que se nos revela. Assim o conhecimento que o homem tem de Deus não provém de sua laboriosa busca.
"Antigamente" (outrora no passado) refere-se a todas as revelações feitas na antiga dispensação, antes de Moisés, por meio dos profetas, tanto nas Escrituras como fora delas.
"Muitas vezes" que poderia ser traduzido literalmente em muitas partes ou porções. A ênfase recai sobre a natureza fragmentária da antiga revela­ção. Essa antiga revelação veio aos pou­cos, em várias qualidades e diversas. para mostrar-nos a necessidade de uma revelação maior. "Muitas maneiras", diversos métodos: visões, sonhos, reve­lações angelicais, palavras e eventos pro­féticos, etc. "Aos pais" indica o receptor da mensagem, no sentido absoluto, "aos nossos ancestrais" (Jo 7.22 e Rm 15.8). "Pêlos profetas" indica que Deus fez uso do instrumento humano para se comu­nicar com o próprio homem.
"Nestes últimos dias" (v. 2), pode ser entendido como o final da velha era. Mas a ideia mais aceita é que a partir da vin­da de Cristo, do advento do Messias, uma nova era se iniciara (2 Tm 3.1). "A nós nos falou pelo Filho". "Filho" é o pensa­mento principal, a ideia chave. No origi­nal este vocábuto não aparece com o artigo, dando ênfase mais no que Ele era do que quem Ele era. Em resumo, Ele não é um mero veículo de revelação, e sim Deus em forma humana (Jo 14.9). Esta revelação não é fragmentária, mas completa; não parcial, mas perfeita; não preparatória, mas final.
A revelação é perfeita e nos é sufici­ente.
Para demonstrar quanto a nova re­velação está acima da velha, o escritor sacro nos adianta sete coisas pelas quais o Filho se mostra superior àqueles por quem Deus falara.
ELE É O HERDEIRO DE TODAS AS COISAS.

Jesus Cristo é o alvo para o qual se movimenta  toda a criação. Em torno dele
estão centralizadas todas as coisas. Ele é o herdeiro por direito de filiação. "De sorte que já não és escravo, porém Fi­lho; e, sendo Filho, também herdeiro de Deus" (Gl 4.7). "Pede-me, e eu te darei as nações por herança" (SI 2.8). Ele é o criador de tudo e portanto o herdeiro de tudo, quando tudo for levado à perfei­ção e à restauração nele." Pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra (...) quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele" (Cl 1.16).
ELE É O CRIADOR DE TUDO
A declaração de que Deus fez o uni­verso por meio do filho é fantástica e inovadora. Jesus Cristo é o agente da criação. "Ele estava no princípio com Deus. Todas as cousas foram feitas por intermédio dele, e, sem Ele, nada do que foi feito se fez" (Jo 1.2-3) A criação de tudo é vista no Novo Testamento em Cris­to, por Cristo e para Cristo.
Para restaurar a vitalidade da Igreja cansada, precisamos descobrir a gran­deza de Jesus Cristo. Não iremos obter sucesso na fé oferecendo diversões mo­mentâneas, reuniões de auto-ajuda, mas conhecendo profundamente a Jesus Cris­to.

ELE É O RESPLENDOR DE DEUS E A SUA  GLÓRIA

A ideia é que Jesus é a radiância que irrompe de uma luz brilhante. Resplen­dor significa refulgência ou reflexo. "E o verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como a do unigénito do Pai" (Jo 1.14). Jesus Cristo refletia na sua pessoa e nas suas atitudes a glória de Deus, a ponto de João registrar: "Com este, deu Jesus princípio a seus sinais em Cana da Galiléia; manifestou a sua glória, e os seus discípulos creram nele".                                                 

ELE É A EXPRESSA IMAGEM DO SER DIVINO

Esta declaração está vinculada à pri­meira. Aquele que reflete a glória de Deus compartilha da sua natureza. A palavra no grego é caráter, comumente usada para um carimbo ou uma grava­ção. Um carimbo num selo de cera terá a mesma imagem que a gravura no selo. Então, Jesus é a expressão exata de Deus. A palavra SER quer dizer nature­za, substancial, essência. Jesus possui a mesma natureza de Deus: "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus" (Jo 1.1).
ELE É O SUSTENTADOR DE TODAS AS COISAS
Paulo afirma que EM CRISTO, tudo subsiste (Cl 1.17). "Todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós também, por ele" (l Co 8.6). Do mesmo modo que a pala­vra criou todas as coisas (Gn 1.3), todas as coisas são sustentadas pela palavra poderosa de Cristo.

ELE É QUEM NOS PURIFICA DE TODO PECADO
Jesus Cristo expurga os nossos pe­cados de maneira única e definitiva. Aqui­lo que é impossível para nós e para qual­quer sistema religioso, Jesus Cristo fez por nós. A purificação do pecado inclui: a mudança da natureza pecaminosa e purificação constante de qualquer ato pecaminoso. "Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão de vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo" (At 2.38).

ELE ESTÁ ASSENTADO A DIREITA DO PAI
Após o evento da sua morte e rés surreição, Jesus Cristo foi entronizad-nos céus. A ideia denota uma posiçãi de alta honra, extraída da prática do reis orientais. "Disse o Senhor ao me senhor: assenta-te à minha direita, at que eu ponha os teus inimigos debaix< dos teus pés" SI 110.1. Jesus Cristo est assentado à direita de Deus para inter ceder por nós. O próprio autor de Hebreus chama este trono de
"trono( da graça" (hb 4.16).
CONCLUSÃO.
Comentando o texto de (Hb 1.1-4; James Thompson afirma: "Ò autor d Carta aos Hebreus sabe que seus leite rés jamais pagarão o preço da perseve rança, se Jesus tiver trazido apenas um mensagem que pode ser encontrada er outro lugar. Se as palavras de Jesus pu derem ser encontradas entre outros ora culos, não existe razão para persevera Como resultado, a renovação começ com uma volta às.afirmações essencial de nossa fé: o reconhecimento de q u Jesus é diferente de todos os rivais".
Em Jesus encontramos tudo de qu precisamos para a nossa satisfação es piritual. Ele é suficiente.

Nenhum comentário: