segunda-feira, 17 de junho de 2013

Em busca da prosperidade


Em Busca da Prosperidade SL 1
Este salmo revela também o que vai acontecer no úl­timo dia. O Salmo termina de forma clara revelando o dia do juízo, o último dia, quando o Senhor julgará a todos. Vemos isso no livro de Malaquias quando os homens dizem a Deus: “Senhor, de que nos interessa fazer a Tua vontade, porque aqueles que não Te temem estão prosperando e os que se levantam contra Ti es­tão sendo vitoriosos nesta vida; de que me adiantou Senhor?”. Deus, então, responde dizendo: “Eu farei um memorial naquele dia e mais uma vez vocês saberão a diferença entre aqueles que me amam e os que não me amam; entre os que me temem e os que não me temem” (Ml 3:13-18). Haverá um dia em que Deus fará esta de­monstração de forma clara; um dia quando o Senhor revelar os que são seus, os que lhe obedecem e os que não obedecem; os que O temem e os que não temem ao Senhor.
A prosperidade desta vida, o ter nesta vida, em hipó­tese, alguma é parâmetro para anunciar a bênção de Deus. Este não é o parâmetro.
Olhando para este salmo, em uma perspectiva geral, encontramos todas estas verdades. Mas devemos aden­trar ao salmo olhando cada parte dele com o propósito de compreender estas verdades.
I - A verdadeira felicidade produzirá verdadeira prospe­ridade; em contraste, a falsa felicidade produzirá falsa prosperidade. (v. 1).
1. Este pri­meiro versículo nos apresenta três ideias. Vemos três verbos que são centrais.
(a) “Não anda”;
(b) “Não se detém ou não para”. Literalmente o autor está dizen­do: “não para no caminho dos pecadores”;
(c) “Não se assenta”. Estes três verbos, de modo progressivo, nos mostram exatamente o processo degenerativo daque­les que andam segundo o curso deste mundo, segundo os valores do mundo. Aqueles que
(1) dão ouvidos aos conselhos dos ímpios em pouco tempo irão
(2) parar no caminho dos pecadores; e
(3) em pouco tempo irão se assentar na roda dos escarnecedores.
         O processo dege­nerativo vai se manifestar em cada ato e em cada mo­mento da vida. Vemos isso quando o salmista diz: “Não anda... não se detém..., não se assenta...”. Assim o sal­mista mostra claramente que estes três verbos revelam o processo degenerativo daqueles que dão ouvidos aos conselhos dos ímpios, daqueles que não amam a Deus.
          Lembre-se que o texto fala do conselho dos ím­pios; da vontade do coração do homem; da carne; dos pensamentos daqueles que não amam ao Senhor; da­queles que dão conselhos para a morte. Logo a seguir, os que param para ouvir estes conselhos, em pouco tempo, vão parar no caminho destes pecadores; em pouco tempo estarão assentados no mesmo lugar em que eles estão assentados e fazendo o que eles fazem: escarnecendo e se opondo contra Deus, contra tudo que se relaciona com a vontade do Senhor. Tudo porque co­meçaram a andar segundo o coração corrompido.
2. O salmista começa dizendo que a felicidade está li­gada ao não fazer estas coisas – “Bem aventurado o ho­mem que não...” (v. 1). E o versículo que vai se contra­por a esta verdade podemos encontrar na adversativa do v. 2: “Antes, o seu prazer está na lei do Senhor e na sua lei medita de dia e de noite”. Vemos que este versícu­lo vai se contrapor a tudo que foi dito antes: “Andar no conselho dos ímpios...se deter, parar no caminho dos pecadores...; se assentar no meio dos escarnecedores”. Esta não deve ser nossa prática, mas devemos ouvir, diz a Palavra de Deus, que nosso prazer está na Lei do Senhor e que temos de meditar nesta Lei dia e noite. O prazer do crente está em obedecer às Escrituras Sagra­das e nunca dar ouvidos às práticas de homens ímpios que vivem praticando o que é contrário a vontade de Deus.
Em nossa vida, estamos sujeitos a seguir caminhos e ouvir conselhos de pessoas que nos dizem o que é o melhor ou o que é pior. Mas se não forem conselhos pautados na Palavra de Deus sempre nos levarão a des­truição. O salmista diz que eles perecerão!
Aqueles que andam segundo o caminho dos ímpios precisam entender o nome do Senhor Jesus Cristo reve­lado no Velho Testamento: “Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Is. 9:6). “Maravilhoso Conselheiro”. A Palavra de Deus que nos revela Jesus Cristo, este Conselheiro Maravilhoso, pela obra do Espírito Santo, nos conduzirá ao entendi­mento de que aqueles que são felizes são exatamente os que se anulam, que mortificam o desejo do seu pró­prio coração, da sua carne, para obedecer unicamente ao Senhor e andar segundo Sua Lei.
É interessante observar que esta introdução é a introdução da vida de muitos homens de Deus no Anti­go Testamento. Vejamos apenas um caso. Quando Deus chama Josué para ser o líder que vai substituir a Moisés, lhe diz (Josué 1:7-8): “Tão somente sê forte e mui corajo­so para teres o cuidado de fazer segundo toda a lei que meu servo Moisés te ordenou; dela não te desvies, nem para a direita nem para a esquerda, para que sejas bem sucedido por onde quer que andares. Não cesses de falar deste livro da lei; antes, medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer segundo tudo quanto nele está escrito; então, farás prosperar o teu caminho e serás bem sucedido” (Levar o povo à Terra Prometida). Estas palavras lembram muito o Salmo 1. Vejamos que esta “prosperidade” de Josué, esse sucesso de Josué (“... farás prosperar o teu caminho e serás bem sucedi­do”), não está restrita ao aspecto da prosperidade deste mundo, mas ao sucesso de levar a termo a vontade de Deus; de conduzir o povo à Terra Prometida segundo a vontade de Deus. Se fizermos o que é a vontade do Senhor andaremos seguros nos caminhos de Deus, por­que esta é a vereda que nos conduz à verdade; é a Lei do Senhor, é a Palavra do Senhor.
Quando andamos conforme o conselho dos homens que não temem a Deus nós, rapidamente sucumbiremos e nos assentaremos na roda daqueles que praticam peca­dos contra Deus; que escarnecem do Seu glorioso nome e que se levantam contra Ele. Vejamos que a questão está aqui posta se contrapondo uma à outra. Uma ver­dade é seguir o conselho dos ímpios, a outra é andar segundo a vontade do Senhor revelada na Sua Palavra. Não é seguir segundo experiências pessoais subjetivas, mas segundo o que está revelado nas Escrituras. Ela é suficiente.
A prática de andar segundo os ímpios nos mostra o resultado na última palavra do salmo: “perecerá”. Os que andam segundo esta prática perecerão. O salmo termina com a afirmação de que os ímpios “perece­rão”, mostrando a conclusão clara, uma inclusão entre o primeiro versículo e o último. Os que andarem se­gundo o conselho dos ímpios perecerão! Mas o v. 2 nos afirma que andar segundo a Lei de Deus é o prazer dos que são felizes, dos que são bem aventurados e, conse­quentemente, dos que têm a verdadeira prosperidade e a verdadeira vitória.
Como isto se manifestará? O salmista usa algumas me­táforas que chamam de forma especial a nossa atenção. Não é simplesmente uma metáfora, mas uma símile, porque há um comparativo no v. 3: “Ele é como árvore plantada junto a corrente de águas, que, no devido tem­po, dá o seu fruto, e cuja folhagem não murcha”. “Ele” quem? Aquele homem que não anda segundo o conse­lho dos ímpios, mas anda segundo a Lei do Senhor; e termina o v. dizendo: “...e tudo quanto ele faz será bem sucedido” (Jr 17:5-9).

         O salmista coloca na perspectiva da obediência à Lei do Senhor e o profeta Jeremias coloca na perspectiva de confiar em Deus. Uns confiam em homens, outros em Deus. Maldito o homem que põe sua confiança no homem. O salmista diz: “Bem aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios”. O profeta diz: “Maldito o homem que confia no homem”. O que diz o salmista? O salmista diz: “Bem aventurado (feliz) é aquele que obedece a Lei do Senhor; que faz a vontade do Senhor”. O profeta Jeremias diz: “Bem aventurado o homem que confia no Senhor; que tem a esperança no Senhor; que não põe sua esperança em outrem, mas no Senhor dos exércitos, o Deus todo poderoso!!”. E fazem a mesma comparação com uma árvore plantada junto a ribeiros de águas. Vejamos que aqui o texto coloca claramente que haverá sequidão, calor, tempo de estia­gem. Ele não diz que os que estão plantados na Lei, que fazem o que Deus quer, não passarão por estas coisas, que não sofrerão calor, que não passarão por sequidão, mas, porque as sua raízes estão dentro da Lei de Deus, porque estão colocadas na Palavra do Senhor, ou seja, suas raízes estão postas em águas perenes que não pa­ram de jorrar, continuarão dando fruto apesar da se­quidão, da angústia e do sofrimento, porque a Lei do Senhor assim o fará.

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