segunda-feira, 17 de junho de 2013

EM BUSCA DO SUCESSO



Em Busca do Sucesso
Primeiro, percebemos que muitos salmos que foram escritos  o foram na perspectiva da angústia do justo em relação à prosperidade dos ímpios. O salmo 73 retrata esta “crise” quando o salmista diz: “Quanto a mim, porém  quase me resvalaram os pés; pouco faltou para que se desviassem os meus passos...ao ver a prosperidade dos perversos” (Sl 73:2-3). Nos salmos vemos a angústia do justo em fazer a vontade de Deus, em andar segundo o caminho de Deus, porém, apesar disso não tem prosperidade nesta vida, não tem o que os ímpios têm. Mas, por não praticar o que os perversos praticam, obviamente este justo anseia por uma prosperidade maior, superior. E o Salmo 1 vai dizer que aquele que é justo (v. 3) será bem sucedido em tudo que fizer. “Tudo quanto ele faz será bem sucedido”. Este conceito de prosperidade que é colocado aqui na ideia de uma árvore cheia de frutos que nunca murcha; não está inserida em uma perspectiva humana, terrena; isso porque nos outros salmos veremos a angústia do próprio salmista ao dizer: “Os ímpios que não temem e nem amam ao Senhor, prosperam, ganham  vencem, enquanto eu, Senhor, que procuro fazer a tua vontade, estou passando por todo este sofrimento”.
Este salmo foi colocado aqui no início porque ele resume a ansiedade e a angústia daqueles que temem a Deus e fazem a vontade do Senhor, mas estão diante daqueles que não temem a Deus e prosperam, não temem a Deus mas têm saúde, têm vida abundante e aparentemente estão muito bem, enquanto que os justos estão padecendo. O salmista diz com toda clareza que aquele que teme ao Senhor prosperará, será bem sucedido, enquanto aquele que não teme a Deus não prosperará. O salmista coloca isto em relação aos aspectos da vida no momento presente. O conceito de prosperidade aqui é outro até que o salmista chega no final do salmo e resume tudo dizendo que haverá um dia de juízo em que aqueles que prevaleceram nesta vida, que ganharam, que satisfizeram a carne e aparentemente foram felizes; que andaram segundo a carne e os prazeres mundanos  que fizeram a vontade do coração e da mente, serão julgados e perecerão. Nos seus caminhos perecerão  mas quanto aos que temem ao Senhor, o texto diz que os “conhece”: “O Senhor conhece o caminho dos justos...” (v. 6). O Senhor escolheu este caminho para os justos, o seu modo de viver; O Senhor escolheu Seu povo para Si e a Ele pertencem pactualmente.
Perceba que o Salmo a partir daqui se resume exatamente naquilo que vai ser desenvolvido em todos os Salmos e a ênfase principal desta prosperidade apresentada (“será bem sucedido”) está na obediência à Lei do Senhor. Está em uma religião que não é forjada, realizada ou praticada nos desejos do coração do homem, mas numa religião que é forjada e praticada na obediência à Lei de Deus; em uma religião que não procede do coração, mas numa religião que procede da revelação escrita da Palavra de Deus; numa religião que não procede dos desejos da carne, mas procede do desejo do Deus Santo e verdadeiro que escreveu a Sua Palavra com o propósito de que Seu povo caminhasse em obediência a esta Palavra Santa.
Esta felicidade, esta prosperidade e esta eternidade estão diretamente ligadas à obediência à Palavra de Deus e à Sua Lei.

O salmo, de modo claro e objetivo, resume tudo aquilo que vai ser tratado em todos os demais salmos: a crise do ter, do possuir, do enriquecer nesta vida sendo ímpio  a crise de poder entender que aqueles que amam a Lei de Deus nem sempre prosperarão segundo os padrões deste mundo, mas sempre prosperarão os que viverem segundo os padrões que Deus estabeleceu.

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