O Prazer
Eterno
A Verdadeira felicidade nos conduzirá ao
Prazer Eterno. A Falsa felicidade nos conduzirá ao desprazer eterno.
Em sua
continuação, este Salmo 1 mais uma vez, vai fazer um contraste. No primeiro
momento o salmista faz um tipo de trocadilho. No v. 1 ele diz que é bem
aventurado o homem que não pratica tais e tais coisas. Ele se refere ao justo.
Depois diz: O justo ama a Lei do Senhor! Agora ele toma este justo que ama a
Lei e o compara a uma árvore que está plantada junto a ribeiros de águas.
Porém agora o salmista se volta para os ímpios dizendo: “Os ímpios não são assim; são, porém, como a
palha que o vento dispersa” (v. 4).
Esta figura nos leva
a dois princípios básicos.
1. Um tem
raízes (o justo) que recebem
água. Aquele que teme a Deus e ama a Lei do Senhor, e nela medita, é semelhante
a uma árvore plantada e cujas raízes se estendem para dentro de um ribeiro de
águas.
2. O outro (o ímpio), que não teme a Deus, não
tem raízes. É semelhante à palha que o vento dispersa. É semelhante à palha
seca do arroz que é levada pelo vento e vai mudando de lugar para lugar. Não
tem sustentação! Os que confiam nos ímpios; os que confiam na prática e na
ética dos pecadores; que não andam segundo a Lei, mas segundo o coração corrompido,
são comparados pelo profeta Jeremias a alguém com um coração enganoso e
desesperadamente corrupto, incorrigível. Como poderemos forjar nossa prática e
nossa religião baseados nas experiências do nosso coração que é enganoso e
corrupto? Como podemos forjar nossa prática em nossas emoções, em nossas
experiências pessoais; será uma prática, uma religião que não está firmada na
Lei do Senhor, na Sua Palavra. Não podemos deixar que nosso coração seja a base
para a nossa religião. Mas temos de colocar a Lei do Senhor, a verdade revelada
na Palavra como a forjadora da nossa religião, da nossa prática, de tal maneira
que sejamos praticantes destas verdades e não apenas ouvintes. Obedientes à lei
de Deus.
O
salmista diz que “os ímpios não são
assim, mas são como a palha que o vento dispersa”, porque têm sua
religiosidade formada no enganoso coração. Como palha eles têm sua leveza, sua
prosperidade, seus benefícios. Isso está muito claro e perceptível no v. 5
quando o salmista usa o verbo “prevalecer”:
“Os ímpios não prevalecerão no
juízo”; literalmente significa que não se “levantarão” no juízo,
ou seja, no dia do juízo eles não serão vitoriosos, mesmo que aqui neste mundo
aparentemente prevaleçam, que ganhem, que sejam vitoriosos e que tenham sucesso
em muitas áreas da vida. Mesmo não fazendo a vontade de Deus, mesmo que sejam
desonestos nos negócios e ganhem muito dinheiro, aparentemente não têm
problemas. Eles não têm crises de consciência para poder enriquecer. Neste
mundo, aparentemente eles prevalecem, ganham, têm saúde, porém, no dia do juízo
final eles não se levantarão, não prevalecerão. Depois da relação com a vida
terrena chegará o dia, diz o salmista, que estes perversos não irão
prevalecer.
Podem ter
sido vitoriosos nesta vida, mas, no final, no último dia, no dia do juízo
final, irão perecer e não prevalecer. A tradução desta palavra, prevalecer, não é muito feliz
porque no hebraico, literalmente, significa levantar-se. É a mesma palavra usada para Jonas quando Deus
diz que ele se levante e vá
para Nínive. É a mesma palavra usada por Cristo, quando fala em aramaico para
aquela jovem que estava morta e diz: “Talita cumi”. Ou seja, Talita, levanta-te!
É o mesmo verbo; a tradução literal seria: “Os ímpios não se levantarão no dia do juízo”.
Havia uma
prática na cultura judaica que dizia o seguinte: Toda vez que um inferior se
aproximar do seu superior ele deve se prostrar. Jesus conta a parábola de um
homem, de um credor incompassivo (Mt 18) que devia uma fortuna ao rei; quando
ele se aproxima deste rei ele se prostra diante daquele que é seu superior (v.
26) e pede paciência para com ele. Era uma prática judaica. Vemos esta mesma
verdade em Fl 2:10, quando Paulo se refere a Cristo dizendo que todo joelho se
dobrará e toda língua confessará, ou seja, que todos os inferiores se
prostrarão diante do Senhor. Mas, o texto aqui no Salmo 1, diz: “Os ímpios não
vão se levantar” (v.5). Eles se prostrarão, mas não se levantarão; só se
levantarão aqueles que o Senhor os tomar pelas mãos para conduzi-los ao Seu
Reino eterno e provar das delícias da vida eterna, da real prosperidade, de
colher o que plantaram; o tesouro guardado nos céus, a sua herança. Nós não
construímos nada nessa terra, mas o nosso tesouro está guardado nos céus. É uma
herança preparada para nós antes da fundação do mundo.
Os ímpios
não se levantarão no dia do juízo, mas permanecerão prostrados. Porém aqueles
que nesta vida andaram de conformidade com a vontade de Deus se prostrarão, mas
o Senhor os levantará e dirá: “Vinde,
benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a
fundação do mundo” (Mt 25:34). Entra no gozo do teu Senhor!
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