quarta-feira, 19 de junho de 2013

O PRAZER ETERNO


O Prazer Eterno
A Verdadeira felicidade nos conduzirá ao Prazer Eter­no. A Falsa felicidade nos conduzirá ao desprazer eter­no.
Em sua continuação, este Salmo 1 mais uma vez, vai fazer um contraste. No primeiro momento o salmista faz um tipo de trocadilho. No v. 1 ele diz que é bem aventurado o homem que não pratica tais e tais coisas. Ele se refere ao justo. Depois diz: O justo ama a Lei do Senhor! Agora ele toma este justo que ama a Lei e o compara a uma árvore que está plantada junto a ribei­ros de águas. Porém agora o salmista se volta para os ímpios dizendo: “Os ímpios não são assim; são, porém, como a palha que o vento dispersa” (v. 4).
Esta figura nos leva a dois princípios básicos.
1. Um tem raízes (o justo) que recebem água. Aquele que teme a Deus e ama a Lei do Senhor, e nela medita, é semelhante a uma árvore plantada e cujas raízes se estendem para dentro de um ribeiro de águas.
2. O outro (o ímpio), que não teme a Deus, não tem raí­zes. É semelhante à palha que o vento dispersa. É seme­lhante à palha seca do arroz que é levada pelo vento e vai mudando de lugar para lugar. Não tem sustentação! Os que confiam nos ímpios; os que confiam na prática e na ética dos pecadores; que não andam segundo a Lei, mas segundo o coração corrompido, são comparados pelo profeta Jeremias a alguém com um coração enga­noso e desesperadamente corrupto, incorrigível. Como poderemos forjar nossa prática e nossa religião basea­dos nas experiências do nosso coração que é engano­so e corrupto? Como podemos forjar nossa prática em nossas emoções, em nossas experiências pessoais; será uma prática, uma religião que não está firmada na Lei do Senhor, na Sua Palavra. Não podemos deixar que nosso coração seja a base para a nossa religião. Mas temos de colocar a Lei do Senhor, a verdade revelada na Palavra como a forjadora da nossa religião, da nossa prática, de tal maneira que sejamos praticantes destas verdades e não apenas ouvintes. Obedientes à lei de Deus.
O salmista diz que “os ímpios não são assim, mas são como a palha que o vento dispersa”, porque têm sua religiosidade formada no enganoso coração. Como pa­lha eles têm sua leveza, sua prosperidade, seus benefí­cios. Isso está muito claro e perceptível no v. 5 quando o salmista usa o verbo “prevalecer”: “Os ímpios não prevalecerão no juízo”; literalmente significa que não se “levantarão” no juízo, ou seja, no dia do juízo eles não serão vitoriosos, mesmo que aqui neste mundo aparentemente prevaleçam, que ganhem, que sejam vitoriosos e que tenham sucesso em muitas áreas da vida. Mesmo não fazendo a vontade de Deus, mesmo que sejam desonestos nos negócios e ganhem muito dinheiro, aparentemente não têm problemas. Eles não têm crises de consciência para poder enriquecer. Neste mundo, aparentemente eles prevalecem, ganham, têm saúde, porém, no dia do juízo final eles não se levan­tarão, não prevalecerão. Depois da relação com a vida terrena chegará o dia, diz o salmista, que estes perver­sos não irão prevalecer.
Podem ter sido vitoriosos nesta vida, mas, no final, no último dia, no dia do juízo final, irão perecer e não pre­valecer. A tradução desta palavra, prevalecer, não é muito feliz porque no hebraico, literalmente, signifi­ca levantar-se. É a mesma palavra usada para Jonas quando Deus diz que ele se levante e vá para Nínive. É a mesma palavra usada por Cristo, quando fala em ara­maico para aquela jovem que estava morta e diz: “Tali­ta cumi”. Ou seja, Talita, levanta-te! É o mesmo verbo; a tradução literal seria: “Os ímpios não se levantarão no dia do juízo”.
Havia uma prática na cultura judaica que dizia o se­guinte: Toda vez que um inferior se aproximar do seu superior ele deve se prostrar. Jesus conta a parábola de um homem, de um credor incompassivo (Mt 18) que devia uma fortuna ao rei; quando ele se aproxima des­te rei ele se prostra diante daquele que é seu superior (v. 26) e pede paciência para com ele. Era uma prática judaica. Vemos esta mesma verdade em Fl 2:10, quan­do Paulo se refere a Cristo dizendo que todo joelho se dobrará e toda língua confessará, ou seja, que todos os inferiores se prostrarão diante do Senhor. Mas, o texto aqui no Salmo 1, diz: “Os ímpios não vão se levantar” (v.5). Eles se prostrarão, mas não se levantarão; só se levantarão aqueles que o Senhor os tomar pelas mãos para conduzi-los ao Seu Reino eterno e provar das de­lícias da vida eterna, da real prosperidade, de colher o que plantaram; o tesouro guardado nos céus, a sua herança. Nós não construímos nada nessa terra, mas o nosso tesouro está guardado nos céus. É uma herança preparada para nós antes da fundação do mundo.

Os ímpios não se levantarão no dia do juízo, mas per­manecerão prostrados. Porém aqueles que nesta vida andaram de conformidade com a vontade de Deus se prostrarão, mas o Senhor os levantará e dirá: “Vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo” (Mt 25:34). Entra no gozo do teu Senhor!

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