sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

O EVANGELHO, A VERDADEIRA BÊNÇÃO DE DEUS PARA O HOMEM.




O EVANGELHO, A VERDADEIRA BÊNÇÃO DE DEUS PARA O HOMEM.


 NÃO TENHO DO QUE SE ENVERGONHAR                  Rm 1:15,16.
Introdução.
As filosofias, religiões e culturas humanas não podem conseguir a salvação da alma. Nestes versículos Paulo afirma que o Evangelho é o poder de Deus para a salvação. Mas o Evangelho de Cristo salva a quem? «todo aquele que crê», e Paulo se regozija nisso. A Ponto de não ter vergonha do Evangelho! 
TRANSIÇÃO.
No Evangelho se revela a justiça de Deus; pela morte de Cristo, Deus pode justificar ao pecador arrependido, e esta justificação lhe vem pela fé.
Mas por que alguém envergonhar-se-ia do evangelho? Parece-me uma questão muito importante. E eu estou bem disposto a asseverar que se você nunca experimentou essa tentação particular, provavelmente isso se deve ao fato, não de você ser um cristão excepcionalmente bom, mas que nunca você teve um claro entendimento da mensagem cristã.
O que tende a levar o cristão a envergonhar-se do evangelho é o fato de que o mundo sempre o ridiculariza e o considera uma loucura completa. Isso aconteceu verdadeiramente nos primeiros tempos da Igreja. Escrevendo aos coríntios, Paulo diz claramente que este evangelho era "escândalo para os judeus, e loucura para os gregos". Eles abominavam-no completamente. Os fariseus o odiavam no Senhor Jesus Cristo, e os judeus em geral o odiavam nos apóstolos. Os gregos também o odiavam da mesma maneira. O mundo sempre ridicularizou o evangelho, e, por natureza, o homem não gosta de ser ridicularizado. Não gosta que o associem com nada que esteja sujeito ao ridículo.
Porque Paulo veemente insistia nessa exortação tão expressiva? o apóstolo introduz a sua declaração:
I – Não me envergonho do evangelho de Cristo.
V16.a
"E assim, quanto está em mim, estou pronto para também vos anunciar o evangelho, a vós que estais em Roma. Porque não me envergonho do evangelho de Cristo" (vv 15;16) .
a.   vale apena entender o tipo de expressão, a figura de linguagem, que ele emprega aqui - "...não me envergonho do..." - é conhecida como litotes, e litotes significa "uma afirmação feita na forma da negação de uma afirmação contrária". Ou seja, Em vez de dizer que "se orgulha" do evangelho, o apóstolo diz que "não se envergonha" dele. E dizer que não se envergonha do evangelho é outro modo de dizer que realmente se gloria nele, e tem orgulho dele. Escrevendo aos galatas, ele diz: "Longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo" (6:14). Ele se gloriava na cruz. Ele se gloriava na pregação da cruz. Mas na passagem que estamos estudando ele prefere dizer - "não me envergonho dela". Assim ele está realmente dizendo aos crentes romanos que de fato está pronto para pregar o evangelho em Roma; está pronto para pregá-lo em todo e qualquer lugar, e sem se envergonhar.
b.     Em parte ele o faz não somente para registrar uma declaração sobre si mesmo, mas também para ajudar as pessoas que eram membros da igreja em Roma. Havia pessoas que, embora cristãs, de algum modo se envergonhavam do evangelho. Parece-me bastante claro que até um homem como Timóteo tinha um pouco de culpa nisso. A ponto de Paulo dizer "Não te envergonhes do testemunho de nosso Senhor", lhe escreve Paulo, "nem de mim, que sou prisioneiro seu" (2 Timóteo 1:8). E a coisa mais grandiosa que mais tarde ele pôde dizer acerca de Onesíforo - e é um tremendo elogio - foi que quando Paulo estava em Roma, ele "me procurou solicitamente até me encontrar", e "muitas vezes me deu ânimo e nunca se enver­gonhou das minhas algemas" (2 Timóteo 1:16,).  Muitos se envergonhavam. Sabiam que Paulo estava lá, mas fingiam que não sabiam. Não queriam associar-se com ele; tinham vergonha do evangelho. E, sem dúvida alguma, mesmo em Roma havia os que eram dados a isso. Porém, entretanto, devemos lembrar que nem todos eram assim pois ele elogia a igreja de Roma no verso 8 pela sua fé. Assim, parece-me que o apóstolo se expressa dessa maneira peculiar com a finalidade de ajudá-los, e a fim de fortalecê-los e também de libertá-los deste espírito de temor. 2 Tm 1:7: "Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e de moderação" - isto é, de disciplina. Portanto Paulo está dizendo a Timóteo que se levante, que desperte o dom que está nele e que lhe fora dado pela imposição das mãos do presbitério. Eu entendo, que o apóstolo esteja empregando essa forma particular de expressão para mostrar como os crentes  poderiam vencer  essa tentação específica,  “vergonha do evangelho.”
c.      Parece até um contraste a definição do “evangelho” com a mensagem que ele contém. O evangelho proclama:
§  Alguém que nasceu na mais abjeta pobreza, nasceu num estábulo; não havia quarto na hospedaria! L c 2:7
§  Criado numa pequena aldeia, treinado como carpinteiro!
§  foi tomado pelo maior desamparo
§  Cravado num madeiro, crucificado em aparente fraqueza! Tendo sido julgado
§  Foi alvo de grandes zombarias,
§  Aquele que foi feito exaltadas reivindicações quanto a Si próprio,., morre enquanto a turba zomba dele e O ridiculariza, dizendo: "Aos outros salvou, salve-se a si mesmo, se este é o Cristo, o escolhido de Deus" (Lucas 23:35). E, naturalmente, o mundo escarnece disso e o ridiculariza em seu coração,
d.     Pois o evangelho não seria “boas novas” se não descrevesse tais características de Jesus. É Esse que pregamos. É Esse que expomos ao mundo, É esse que nós proclamamos. Mas também é esse que nós asseveramos,  mesmo com tais carcterísticas, que essa mesma Pessoa, é o Salvador do mundo, e o Filho de Deus. Para os judeus essa proclamação era um escândalo, uma pedra de tropeço, e para os gregos, loucura. Assim é que o próprio caráter da mensagem tende a causar esse ridículo, e, como digo, o homem, por natureza, não gosta de ser ridicularizado, pelo que se envegonha deste evangelho. Essa é a tentação. “envergonhar-se do evangelho”
e.     Na época de Paulo tentação da vergonha do evangelho era grande principalmente pelo fato do, apóstolo Paulo ser homem dotado de vigoroso intelecto. Era um homem capaz, e não era coisa nem fácil nem simples para um homem como esse, dotado como era, suportar o  ridículo, esse sarcasmo, essa zombaria, esse escárnio que sofre o evangelho. Vocês poderão ver a sua principal exposição destas questões nos três primeiros capítulos da Primeira Epístola aos Coríntios, e não há a menor dúvida de que ele sentia agudamente o problema. Ali estava ele, com todo o seu preparo, com os seus antecedentes e com a sua capacidade, simplesmente pregando - e de um modo como qualquer pessoa poderia pregar, no que se refere ao assunto - e quando ele falava sabia o que os seus ouvintes estavam dizendo, e os via olharem uns para os outros enquanto lhes falava. Por isso ele afirma deliberadamente que se fez louco por amor de Cristo, e diz mais: "...se alguém dentre vós se tem por sábio neste mundo, faça-se louco para ser sábio". Noutras palavras, ele diz: vocês se interessam pela sabedoria e nos consideram loucos, mas eu lhes digo: se vocês realmente querem ser sábios, seria melhor que se tornassem loucos juntamente conosco, e então vocês teriam a sabedoria de Deus.
f.        o evangelho diz aos homens que não importa quão capaz um homem seja, se não for alcançado pelo mesmo jamais será  um cristão. Ele coloca o homem capaz exatamente no mesmo nível daqueles a quem falta intelecto. Ele reduz todos a um nível comum, como já vimos. Deliberadamente afirma que o orgulho intelectual é o último reduto que há de cair quando o Espírito Santo estiver agindo numa alma, ou seja, o evangelho não se gloria no intelecto. Não se gloria no esforço e na luta moral. Ele lhe diz logo no princípio que você pode fazer tudo que quiser, e de nada lhe valerá; que a sua justiça será como "trapo da imundícia", que todas as suas obras maravilhosas serão "esterco" e "refugo" - sem nenhuma utilidade para você! Ora, o mundo odeia essa verdade, e o apóstolo sabia disso. Ele teve que suportar muito sarcasmo e muita zombaria do mundo, e com isso vinha a tentação para envergonhar-se do evangelho, sabedor que Paulo era da mentalidade dos gregos e dos judeus, e de outros que ouviam este evangelho. Vocês vêem quão facilmente a tentação podia entrar, e ela veio desse modo a Timóteo. E então, quando se acrescenta que eles tinham que sofrer por este evangelho, não somente sofrer o ridículo, mas sofrer fisicamente, etc., vocês podem ver muito bem como essa tentação costumava surgir.
g.     Estas considerações, ao que me parece, constituem uma prova muito importante quanto ao que o verdadeiro evangelho é. “a verdadeira bênção de deus para o homem. Porém para ser uma bênção o evangelho de Jesus Cristo tem que apresentar os seguintes efeitos:
·                A bênção do evangelho é o homem saber que, mesmo estando condenado, e tão perdido e desesperado  há para ele uma esperança certa de alívio,
·                Se Jesus Cristo, não tivesse morrido por mim, eu jamais conheceria a Deus, e jamais poderia ser perdoado.
·                O evangelho é, ele próprio, algo que produz a reação de ofensa nas pessoas., provocando um antagonismo.
II – PORQUE É O PODER DE DEUS PARA A SALVAÇÃO v 16b.

1)     Paulo afirma que o Evangelho é o poder de Deus para a salvação ( Hb. 7:25), de todos os que crê e se achegam a Jesus. As filosofias, religiões e culturas humanas não podem conseguir a salvação da alma. Mas o Evangelho de Cristo salva a «todo aquele que crê», e Paulo se regozija nisso.
2)     Não devemos ter vergonha do Evangelho! Porque é no Evangelho se revela a justiça de Deus; pela morte de Cristo, Deus pode justificar ao pecador arrependido, e esta justificação lhe vem pela fé e de modo algum pelas obras (3:28; 4:5). Assim o Evangelho harmoniza com o Velho Tes­tamento, que declara que o justo viverá pela fé» (Hab. 2:4).
3)     "Não me envergonho do evangelho de Cristo", diz ele, porque é o evangelho de Deus, e porque é o poder de Deus - é a dinâmica de Deus; porque é a salvação em seu pleno conteúdo. É  justiça proveniente do próprio Deus. Como descreveremos as bênção do evangelho:
·                Ensina-nos a salvação que nos livra do pecado
É uma libertação completa. Não somos somente absolvidos da culpa do pecado; não seremos somente feitos completamente imunes a todas as investidas e insinuações do diabo e dos seus poderes; mas virá o dia em que todos e cada um de nós seremos "irrepreensíveis e inculpáveis" "sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante". Como o expressa Judas, seremos apresentados "irrepreensíveis" - essa é â palavra! -"irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória" (perante a glória de Deus).
·                O evangelho nos reconcilia completamente com Deus.
É trágico verificar quantas vezes isso é esquecido ou não é dito. Parece que alguns apresentam a salvação como se simplesmente significasse perdão. Mas o perdão é apenas o começo. Pois bem, este segundo fato é mais maravilhoso ainda, e mais glorioso. Antes da Queda o homem estava em comunhão com Deus e gozava o Seu companheirismo; pela Queda e pelo pecado ele perdeu essa bênção. E não seremos salvos - o homem não será restaurado - enquanto não for restabelecida a comunhão e não tivermos recuperado o companheirismo com Deus. Isso faz parte essencial da salvação, e está incluído neste grande vocábulo, no sentido em que é empregado por Paulo. Constantemente o veremos exposto abertamente por ele; ele se gloriava nessa palavra.
·                O evangelho reestabelece em nós a esperança da glória.
Quando o homem caiu em pecado, ficou sob a ira de Deus, e a ira de Deus envia o culpado à destruição. portanto, quando cremos no evangelho aceitamos a palavra de Deus em nosso coração e somoslibertos da destruição e da ira vindoura. Quando João Batista pregava, a mensagem era - arrependei-vos! Ele chamava as pessoas para o batismo de arrependimento para a remissão dos pecados "Salvai-vos desta geração perversa, fugi da ira vindoura!" O nosso Senhor repete exatamente as mesmas palavras. Não é mensagem popular hoje em dia, porém faz parte essencial desta salvação. O evangelho apresenta-nos a possibilidade de passarmos a eternidade na presença de Deus, em toda a Sua glória! Isso faz parte essencial da salvação, e, se não o incluir­mos, não estaremos fazendo uma exposição completa, não estaremos dando uma definição completa deste empreen­dimento estupendo.

Conclusão.
Concluímos que só há uma maneira do homem ser verdadeiramente abençoado, é quando se dobra ao evangelho de Cristo. Por isso não nos envergonhemos do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus  para a salvação de todo aquele que crê.. a bênção está exatamente no fato de depois do evangelho entrar em nossa vida, os antecedentes não importam, o passado não conta, tudo isso será apagado por esse poder, e o homem não somente será perdoado, como se tornará uma nova criatura, com o poder de Deus dentre dele e com uma natureza santificada nele. E assim ele iniciará a regeneração que o levará a a glorificação final e ao regozijo que terá na santidade, na presença d e Deus.

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