sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

A SUFICIÊNCIA DO ESPÍRITO SANTO



A SUFICIÊNCIA DO ESPÍRITO SANTO (I) JO 16:7

        
Objetivo.
Mostrar ao aluno que a presença do Espírito Santo em nós é o certeza da nossa  conversão e a garantia do nosso crescimento espiritual.

Introdução.
"Convém-vos que eu vá, porque se eu não for, o consolador não virá       para vós outros; se, porém, eu for, eu vô-lo enviarei" (Jo 16.7). Três fatos se acham envolvidos nesta declaração do Senhor:

1.   A vinda do Espírito Santo a que ele se referia não se podia reali­zar senão depois que Cristo voltasse para o céu.
2.   Essa vinda especial do Espírito Santo estava a depender, não das súplicas dos discípulos, mas de Cristo mesmo o enviar, como prometera.
3.   Essa vinda especial do Espíri­to Santo seria mais conveniente aos dis­cípulos do que a perpetuidade da pre­sença corporal de Jesus na terra. Além de tudo isso, essa vinda do Es­pírito Santo ia ter para os crentes uma quádrupla significação que se verifica pela Escritura.
I - O ESPIRITO SANTO PARA O CRENTE
Segundo a Bíblia o Espírito Santo passou a ser para os crentes um selo, um penhor, uma unção e um batismo.
1.   Um Selo
três são as passagens que falam do Espírito Santo como um selo para o cren­te: 2 Co 1.21-22; Ef 1.13; 4.30.
Um selo é u'a marca ou carimbo, gra­vado em alguma coisa para autenticá-la e confirmá-la. As cartas que eram sela­das com sinete do rei tinham o cunho de sua autoridade (l Rs 21.8; Et 8.8-10); e a Palavra de Deus diz aos crentes: "vós sois carta de Cristo" (2 Co 3.3). Havendo-nos comprado com o seu precioso sangue, o Senhor nos selou com a presença do seu Santo Es­pírito como confirmação e garantia de que lhe pertencemos.
Os efésios, como também os coríntios e, por certo, todos os crentes, tinham o selo, que era o Espírito Santo da pro­messa - estavam de posse daquilo que fora prometido. Convém, pois indagar: como e quando obtiveram?


A Condição: Crer "Havendo crido, fostes selados". Paulo não diz: Havendo pedido, rogado, jejuado, tido vertigens e êxtases (...) mas, simplesmente, havendo crido nele, fostes selados. Crer no Senhor Jesus foi
de Paulo receber o selo  do Espírito Santo, que era a realização da promessa, e certamente ainda é a condição única para o povo de nossos dias.

O Tempo
O momento de crer. "Havendo crido, fostes selados". É o mesmo que dizer: quando crestes, fostes selados. São atos consecutivos e imediatos, como aconte­ceu de um modo sensível em casa de
Cornélio (At 11.15-18). Nada há, quer no texto, quer no conjunto dos exem­plos bíblicos, que faça supor um interva­lo de tempo entre o ato de crer da partedo homem e o ato de selar da parte do Senhor.
                     
A Amplitude
Se o crer é a única condição imposta por Deus para que uma pessoa seja se­lada com o Espírito Santo da Promessa e se Paulo podia dizer aos crentes de seus dias: "havendo crido, fostes sela­dos", então podemos ter a certeza de que assim procede o Senhor para com todos os que, desde então, têm crido em Jesus Cristo como seu único Salvador.
Um Penhor
São também três as passagens que falam do Espírito Santo como penhor, sendo duas delas ligadas à ideia do selo, que acabamos de considerar: 2 Co 1.22; 5.5; Ef 1.13-14.
Nas duas primeiras passagens encon­tramos a expressão - "O penhor do Es­pírito". A terceira nos explica que o pró­prio Espírito é que é o penhor.
Penhor é a garantia do cumprimento de um contrato, e é dado antecipada­mente, desde o momento em que o con­trato se faz até a realização da obriga­ção nele contraída. No contrato ou ali­ança que Deus faz conosco pelo Evan­gelho, Ele nos aceita como seus filhos e seus herdeiros, obriga-se a nos dar uma herança gloriosa e dá-nos, desde logo, o penhor dessa herança, que é o Espíri­to Santo posto em nossos corações (l
sagrado ao serviço especial de oráculos de Deus no meio de Israel. Rei: l Sm 16.13. (Ed. Rev e Corrigida de Almeida). "Ungiu-o (...) e desde aquele dia o Espí­rito do Senhor se apossou de Davi", para o exercício das funções de rei na teocracia israelita.
O antítipo de todos estes ofícios, como sabem quantos estudam as Escrituras, é duplo. Primeiro, e supremamente, to­dos têm a sua realização na pessoa ben­dita do Senhor Jesus Cristo. Ele é o un­gido (Messias ou Cristo) de Deus, por excelência, o profeta, o sumo sacerdote e o rei (Lc 4.18; At 10.38; Hb 1.9).
Em segundo lugar, embora em senti­do inferior e relativo, o crente é chama­do ao exercício dessas mesmas funções. É profeta como testemunha de Jesus no mundo, e o é pelo poder do Espírito San­to. "Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis mi­nhas testemunhas" (At 1.8). E, uma vez cumprida a promessa, João escreve: "Vós tendes a unção do Santo, e sabeis tudo".... "E a unção que recebestes dele permanece em vós... e a sua unção vos ensina todas as coisas, e é verdadeira, e não é mentira" (l Jo 2.20 e 27). E Pau­lo corrobora: "e o que nos confirma convosco em Cristo, e o que nos ungiu, é Deus". (2 Co 1.21).
A unção conforme esta última pas­sagem, já se efetuou no crente; segun­do as outras duas, o crente já a tem e ela permanece nele. E é em virtude des­sa unção que somos habilitados a com­preender as verdades relevadas nas Santas Escrituras para podermos testificar de Jesus, (l Co 2.14-16).
E também em virtude da mesma un­ção que podemos exercer, de modo acei­tável e eficazmente, o nosso sacerdócio Jd 20; Rm 8.26; Jo 4.23.
Por certo, as nossas funções de reis,
Segundo a linguagem das únicas três passagens que nos falam do assunto no N.T., o penhor já nos foi dado e está conosco. As duas passagens aos coríntios (2 Co 1.22 e 5.5) dizem expressamente que Deus nos deu esse penhor e este é o Espírito Santo com que fomos selados quando cremos (Ef 1.13-14). Por conse­guinte, todo o verdadeiro crente tem em si o Espírito Santo como penhor de sua herança (Rm 8 12-17).
A Continuidade
A preposição "para" na expressão: "para a redenção da possessão" (Ef 1.14), é a tra­dução da preposição grega "eis", que pode neste caso ter um de dois senti­dos: ou de tempos, devendo ser traduzida até(d. Mt 10.22; 13.30; At 4.3; Fp 1:10) ou de propósito ou intuito, caso em que a tradução"para"está exata. Ora se penhor é para o fim ou intuito de re­mir a posse da herança, não nos pode ser tirado enquanto a herança não for entregue; e se foi dado até o tempo da redenção da herança, também está ga­rantida sua permanência conosco. Seja qual for o sentido de "eis" e sua conse­quente tradução em vernáculo a conclu­são é necessariamente a mesma: o Es­pírito Santo, tal como Jesus o promete­ra nos evangelhos e o enviou no dia de pentecostes, reside permanentemente em todos os verdadeiros crentes em Je­sus, como selo e como penhor.
Uma Unção
O óleo ou azeite sempre foi usado no cerimonial judaico como símbolo do Es­pírito Santo; mas os casos mais notá­veis são aqueles em que indivíduos eram separados e consagrados para certas funções sagradas: sarcedote. Lv 8.12. "Ungiu-o para o santificar" isto é, para o separar e consagrar às funções sacer­dotais, para o serviço do santuário e do altar.
Profeta: l Rs 19.16. "A Eliseu (...) com que fomos ungidos.

Conclusão.
Antes de partir do mundo para o Pai, Jesus prometeu a seus tristes e apreen­sivos discípulos: "eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro consolador, a fim de que esteja para sempre convosco, o Espírito da verdade". (Jo 14.16). O cumprimento desta promessa realizada no dia de Pen­tecostes transferiu, por sua vez, a resi­dência do Espírito Santo do céu para ocoração do crente. Hoje não é no céu que ele habita, se bem que lá também esteja por sua onipresença, pela qual está em toda par­te. Onde é que habita Ele? "Não sabeis que sois o santuário de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós?" (l Co 3.16). Assim é que Ele está aqui com a esposa, a Igreja, enquanto o esposo, que é Cristo, está ausente no céu, e toma parte nos desejos da esposa para que volte logo o noivo: "o Espírito e a esposa dizem: vem" (Ap 22.17).
Resumindo, o Espírito Santo, tercei­ra pessoa da trindade, foi enviado pelo Pai, a pedido do Filho, para ficar para sempre com os crentes na terra, de modo que só voltará para o céu levando consi­go a Igreja do Senhor.

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